Fora do Corinthians há pouco mais de um mês, de onde deixou todos viúvos, Roger Guedes vem brilhando na Arábia Saudita, onde defende o Al-Rayyan. Na última rodada da Liga do Qatar, marcou dois gols e deu duas assistências na vitória do seu time por 4 a 3 sobre o Al-Shamal.
Vai te Catar!
Com o resultado, o Al-Rayyan segue na liderança da competição, com nove pontos em três jogos. Guedes, recém chegado, já é considerado um dos artilheiros da liga, com cinco gols marcados em apenas três partidas. Ele foi vendido pela quantia de R$26,3 milhões, por 40% dos seus direitos. O investimento tem mostrado resultados para os sauditas, que passaram a injetar quantias infladas de dinheiro como forma de divulgar o futebol, a cultura e as riquezas daquela região.
Cara de pau?
A boa performance de Guedes na Arábia Saudita não chega a ser uma surpresa para muitos. Talentoso nos clubes onde passou, o atleta chegou a ser criticado, à época da sua contratação, por afirmar que jogar no Catar era a realização de um sonho. A mídia especializada caiu em cima, alegando ser um absurdo fazer uma afirmação desse porte. Para eles, não é orgulho nenhum jogar por aqueles países, cujo futebol ainda é uma novidade recente, ainda buscando se estabelecer através de grandes contratações.
Perfídia a parte, não é necessário lembrar das enormes cifras quando falamos do futebol no Oriente Médio, podendo ser exatamente esse o sonho do qual Guedes falara quando assinou o contrato.
Tricolor dos Pampas
Além de fora de contexto, a crítica à afirmação de Guedes soa inocente: há muito tempo o futebol se tornou uma indústria lucrativa, sendo até mesmo infantil pressupor que os jogadores estão ali por prazer, ou de fato, defendendo a camisa de um time.
Na verdade, Róger Guedes, que além do Corinthians já prestou serviços de atleta para outros clubes como Criciúma, Atlético Mineiro e Palmeiras, afirmou numa entrevista de 2021, ser torcedor de outra equipe, o Tricolor Gaúcho. Torcer pelo Grêmio, inclusive, seria uma tradição familiar:
“Não, não vou mentir não. Lá atrás (infância) eu não torcia para o Corinthians. Minha torcida, assim como da minha família inteira, até hoje, é gremista“.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.