Atletas brasileiros radicados em Israel relatam momentos de pânico em meio aos ataques terroristas

O conflito em curso entre o grupo extremista Hamas e Israel continua a gerar aflição na região, resultando na suspensão de eventos esportivos. Atletas brasileiros, como Lucas Salinas do Ashdod, enfrentam situações de tensão, enquanto Felipe Santos do Hapoel Haifa, a 172 quilômetros da Faixa de Gaza, também compartilha preocupações. Para garantir a segurança de brasileiros na área, o governo brasileiro mobilizou uma operação de repatriamento.

O conflito provocado pelo ataque do grupo extremista Hamas em Israel continua a causar aflição e medo na região, o que levou a uma crise humanitária, cuja consequência direta é a suspensão de inúmeros serviços, incluindo os campeonatos esportivos. No entanto, há atletas brasileiros presentes no país que agora enfrentam a difícil tarefa de sair em meio à instabilidade.

Na cidade de Asdode, situada a apenas 30 quilômetros da Faixa de Gaza, o meia do Ashdod, Lucas Salinas, relatou sua percepção dos fatos, em meio ao caos:

 “Comecei a ouvir os alarmes, toda aquela confusão. Tudo muito louco. Aí reuniram o time e explicaram o que estava acontecendo. O jogo foi adiado. Pegamos o ônibus e voltamos para Asdode. O trajeto foi um pouco crítico, né? […]É muito perto. Mas é a cidade em que a gente vive, onde conhecemos as coisas. Então, escolhemos ficar aqui. Foi bem tenso no ônibus. Conseguíamos ver os mísseis sendo interceptados. Muita polícia também. Muitas barragens. E as pessoas desesperadas. Mas deu tudo certo e conseguimos chegar aqui no apartamento. Nos ofereceram caso queiramos sair de Israel. O problema são os voos. Tenho amigos estrangeiros que estão o dia todo buscando voos para qualquer lugar. Mas estão sendo todos cancelados”

Perigo e Paranoia

Enquanto isso, a 172 quilômetros da Faixa de Gaza, em Israel, Felipe Santos, jogador do Hapoel Haifa, também abriu o jogo sobre a sua experiência em meio aos ataques. Ele afirmou: 

“A situação é preocupante, e todos estamos em alerta constante. Embora eu esteja mais distante dos conflitos, a tensão é palpável em todo o país […] Estou com minha esposa, meu filho de três anos e minha avó. A maior preocupação foi com eles. Mas estamos bem e em segurança na nossa casa. O alerta é que não devemos sair de casa e nem abrir a porta para ninguém, pois não sabemos de onde vem o ataque. Já tinha visitado Israel algumas vezes. Era meu sonho jogar no país e morar em Israel. Quando recebi a proposta, conversei com minha esposa. Já sabíamos que isso acontece em Israel. É triste, estamos preocupados sim, mas não fomos pegos desprevenidos”

Repatriamento de Brasileiros

Como forma de lidar com a crescente preocupação com a segurança dos brasileiros em Israel e na Palestina, o governo brasileiro mobilizou uma operação de repatriamento. Um Airbus A330-200 convertido em um KC-30, com capacidade para 230 passageiros, já está em Roma, pronto para evacuar os brasileiros da região. A expectativa de sua chegada é na quarta-feira. Outros aviões, incluindo outro KC-30 e dois KC-390, estão prontos para auxiliar na operação. De acordo com dados do Itamaraty, existem cerca de 30 brasileiros vivendo na Faixa de Gaza e outros 60 em áreas próximas ao conflito. Além disso, cerca de 1.000 brasileiros em Israel demonstraram interesse em retornar ao Brasil devido aos caos e insegurança da situação. Essa ação visa garantir a segurança e o retorno desses cidadãos em meio à instabilidade na região.

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