Uma coisa é fato: a Copa do Mundo Feminina é um êxito. A ‘turbinada’ da FIFA no evento veio a calhar, num momento no qual as pessoas realmente passaram a se importar com a equidade de gênero, e pautas como inclusão e representatividade, sobretudo midiáticas. Pensando nisso, TV Globo, detentora dos direitos de transmissão do evento no Brasil, decidiu continuar a exibir jogos da competição, mesmo com a eliminação da Seleção Brasileira na primeira fase.
Ibope lá em cima
A decisão da emissora foi tomada por causa da boa audiência que os jogos do Brasil alcançaram, o que mostra um real interesse por parte do público nas partidas, para além do aspecto publicitário. Na quarta-feira, 02 de agosto, por exemplo, o jogo entre Brasil e Jamaica ficou com uma média de 17 pontos, com crescimento de 97% em relação às últimas quatro semanas anteriores. Já no sábado anterior, o jogo entre Brasil e França teve média de 16 pontos, com crescimento de 167% em relação ao mesmo período nos quatro sábados anteriores.
Segue o Baile
E é pensando tanto no bom número de alcance, quanto na imagem de socialmente comprometida com a pauta, que a Globo transmitiu o jogo entre Suécia e Estados Unidos, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, no domingo (7), às 5h45. A transmissão na TV aberta contou com a narração de Renata Silveira e comentários de Ana Thaís Matos e Caio Ribeiro. Para tanto, a emissora precisou arregaçar as mangas e fazer algo que detesta: tirar programas da grade, para abrir espaço para a partida. Portanto, programas como ‘Pequenas Empresas Grandes Negócios’, ‘Globo Comunidade’ e ‘Santa Missa’, não foram exibidos na manhã deste domingo, devendo retornar à programação na semana que vem.
Ponto para as mulheres
A decisão da Globo de continuar a transmitir a Copa do Mundo de Futebol Feminino, mesmo com o Brasil eliminado, é uma boa notícia para o esporte feminino no Brasil. A competição tem mostrado que a modalidade é um esporte popular no país e que as mulheres estão cada vez mais interessadas em jogar e assistir ao futebol. Isso colabora a dissolver ideais tóxicos de masculinidade, preconceito de gênero, e abre espaço para que mais mulheres adentrem no esporte.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.