Quando não estão batendo uma bolinha, esses craques se arriscam a cantarolar por aí, provando que, às vezes, o talento fica mesmo é no campo. Futebol e música podem até andar de mãos dadas, mas, se dependesse das habilidades musicais de alguns jogadores, essa relação teria mais bola fora do que gol de placa.
Afinal, os gramados já viram de tudo: dribles desconcertantes, gols de placa e até algumas caneladas. Mas quando os jogadores resolvem pendurar as chuteiras e pegar no microfone, o resultado desse placar pode ser tão inesperado quanto um frango do goleiro. Alguns até que mandam bem, mas outros… bem, digamos que nasceram para brilhar apenas nas quatro linhas.
Confira quem são os craques que resolveram soltar a voz (e podiam ter guardado um pouco de fôlego). Segue o fio!
1. Ronaldinho Gaúcho: do bruxo ao MC do rolê
Ronaldinho sempre foi conhecido por seus dribles mágicos e pela capacidade de improvisar em campo. Mas sua habilidade musical, digamos, é tão peculiar quanto seus penteados de época. R10 resolveu mostrar que sabe cantar – ou algo parecido – e gravou com nomes como Wesley Safadão e Dennis DJ. Seu hit mais famoso, Vamos Beber, é basicamente um tutorial de como aproveitar a vida. Se ele tem talento musical? Difícil dizer. Mas que ele sabe curtir como ninguém, isso é inegável!
Afinal, quem mais poderia transformar o “nó tático” em “nó na garganta” com suas performances inusitadas?
Acompanhe este clássico incompreendido do Bruxo com o Safadão:
2. Pelé: o rei do futebol e do… desafino?
Pelé é, sem dúvida, o maior jogador de todos os tempos, mas quando ele tentava cantar, era melhor fechar os olhos e tapar os ouvidos. Com uma voz que poderia ser descrita como “única” (no sentido de ser inimitável de tão ruim), o Rei escreveu mais de 120 músicas e gravou sucessos como ABC do Bicho-Papão.
Claro, a música infantil pode ter feito sucesso entre as crianças dos anos 80, mas é justo dizer que o maior talento do Pelé era mesmo com a bola nos pés. Se ele tivesse deixado o violão para os amigos Jair Rodrigues e Wilson Simonal, todo mundo sairia ganhando!
Pelé era babado! Veja um registro:
3. Júnior: voa, Canarinho, voa… e nos poupe do refrão!
O eterno lateral do Flamengo e da Seleção decidiu que, além de marcar golaços, também queria marcar presença no Top 10 das paradas. Voa, Canarinho, Voa até conseguiu vender mais de 700 mil cópias, mas sejamos sinceros: foi mais pela torcida apaixonada do que pelo talento vocal de Júnior, apesar das rimas divertidas.
Se o futebol dele era nota 10, o canto fez o atleta garantir seu lugar na história – e um belo disco de platina para a coleção!
Ouça o hit que virou Jingle nos anos 70:
4. Gabigol: trapstar ou travessura musical?
Gabigol, o terror das defesas e artilheiro do Flamengo, também achou que tinha talento para a música e se lançou como Lil’ Gabi no mundo do trap. Com tanto autotune, fica difícil saber se é ele cantando ou se o produtor se divertiu tentando deixar aquilo apresentável. Seu hit Sei Lá, com o rapper Choji, é praticamente um desfile de efeitos eletrônicos que dariam inveja até a um robô da ficção científica.
Mas, vamos dar crédito ao garoto: ele se arrisca, mesmo que o resultado final soe mais “tecnológico” do que musical. Se alguém perguntar por que ele exagera no autotune, a resposta é simples: “A culpa é do trap, meu chapa!”.
Segura essa lapada do rei das rimas:
5. Zico: o galinho que quis cantar de galo
O Galinho de Quintino foi um craque em campo, mas quando pegou o microfone… digamos que ele perdeu a chance de ficar quieto. Zico, em parceria com Fagner, lançou Batuque de Praia em 1982, uma canção de carnaval que mostra que ele realmente ama o futebol – mas que o amor não é suficiente para segurar o tom.
Se o disco não vendeu tanto quanto Voa, Canarinho, Voa, pelo menos Zico teve coragem de tentar. E no fim das contas, mesmo desafinado, continua sendo o Galinho que todos respeitam!
Veja um registro de Zico com o mestre Jorge Ben:
6. Ronaldo Giovanelli: o goleiro e rock star de lado B
O ex-goleiro do Corinthians trocou as luvas pelo microfone e achou que poderia seguir carreira no rock. Com as bandas Ronaldo e os Impedidos e Ronaldo e os Fora da Lei, ele até que conseguiu emplacar alguns clipes na MTV. Mas convenhamos, o talento vocal de Ronaldo é tão bom quanto sua capacidade de evitar memes nas redes sociais – ou seja, quase nulo.
Mesmo assim, ele continua firme no propósito de tocar guitarra e desafiar a lógica, mostrando que, se o futebol não o derrubou, o rock também não vai.
Veja esta lapada de rock n’ roll:
7. Marcelinho Carioca: o pagodeiro com pé de anjo e voz de joelho
Marcelinho Carioca, conhecido como o Pé de Anjo do Corinthians, levou seu amor pelo pagode para além dos gramados. Em parceria com o também ex-jogador Amaral, ele criou o grupo de pagode gospel Divina Inspiração. Mas o nome da banda parecia mais uma ironia do que uma promessa: apesar do esforço, a carreira musical do jogador não deslanchou.
Talvez porque o talento de Marcelinho para o samba era tão afiado quanto um chute de canhota com a perna direita. Mesmo assim, ele garantiu alguns minutos de fama na TV e o respeito dos fiéis corintianos – porque, afinal, o que vale é a intenção, né? E convenhamos, o timbre dele até que não é tão ruim!
Veja o varão Marcelinho, ungido numa vibe gospel:
8. Sócrates: o doutor que desafinava na hora do exame
Sócrates era um gênio em campo, mas também tentou a sorte na música sertaneja. Seu álbum Casa de Caboclo é uma verdadeira raridade, e com razão. Os registros de sua voz são tão difíceis de encontrar quanto um passe errado do Doutor. Embora tenha regravado sucessos de Toquinho e Luiz Gonzaga, ficou claro que, se o talento para o futebol era de outro mundo, o da música era bem terráqueo – e meio fora de tom. Mas, como todo bom multiplamente inteligente, ele pelo menos tentou!
Ahhh, até que não é tão ruim, vai! Ouça o hit do Mestre:
9. Rogério Ceni: o roqueiro tricolor que preferiu o silêncio
Rogério Ceni foi um dos maiores goleiros da história, mas o rock talvez não fosse o caminho certo. Tocando guitarra e tentando emplacar alguns acordes, ele chegou a dividir o palco com a banda Ira!, mas percebeu que o silêncio dos gramados era mais recompensador. Se ele desafinava como goleiro, os gols compensavam; como músico, não tinha bola na rede que salvasse. Mas ele segue na luta, mostrando que, no palco ou na área técnica, não tem medo de arriscar.
Veja uma palhinha do atual técnico do Bahia:
10. Neymar: craque do PSG e rei dos karaokês desafinados
Quando não está dividindo com zagueiros, Neymar adora se arriscar no microfone. Seu repertório é variado, mas é difícil não notar que, mesmo com a voz carregada de emoção, falta aquela afinação básica. Ao lado de Michel Teló ou Thiaguinho, ele canta com toda a alegria – e nenhum tom certo. Mas quem liga? O cara é um craque em campo e sabe divertir. E no fim das contas, para Neymar, o que vale mesmo é ser feliz, nem que seja à custa dos ouvidos dos amigos!
Além de cantor, comediante! Veja um registro cômico do ex-jogador sentado ao piano:
Plus: Marta – A Rainha do Futebol que Encanta Também Fora de Campo
A rainha do futebol brasileiro, Marta, é referência dentro e fora dos gramados, mas o que poucos sabem é que ela também tem uma paixão especial pela música. Embora nunca tenha gravado um single oficial, a camisa 10 da seleção feminina adora soltar o gogó nas redes sociais. Seja em um pagode animado ou arriscando uns versos de sertanejo, Marta mostra que seu talento vai além dos dribles e gols.
Entre suas performances mais lembradas está um vídeo cantando Duvido Você Não Tomar Uma, de Simone e Simaria, com uma empolgação que só a rainha dos baixinhos e grandões consegue ter. E aí, será que vem hit da Marta no futuro ou é melhor ela continuar brilhando mesmo é com a bola nos pés?
Inventora da Sofrência! Veja a rainha das chuteiras lançando um Feminejo Brabo:
Futebol e música: dupla que (nem sempre) dá samba
Esses craques mostram que, apesar do sucesso nos campos, a vida musical é um terreno traiçoeiro. Alguns conseguiram arrancar aplausos, outros nos presentearam com boas risadas – e uns poucos, quem diria, até acertaram no tom. Mas, no fim, o que importa é que, com talento ou não, eles nos provam que, quando há paixão, qualquer desafio vale a pena. Então, que venham mais jogadores-cantores, porque diversão é o que não falta!
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Pedro é baiano de Ilhéus, mas cresceu na capital, Salvador. Estudou Letras, trabalhou como professor e como artista visual por muito tempo, tendo se incorporado ao mundo dos esportes tardiamente. Hoje é um curioso em experimentar diferentes modalidades esportivas, fazendo disso uma grande terapia para a alma.