Flávio Prado, comentarista da Jovem Pan, saiu em defesa do técnico Arthur Jorge, do Botafogo, após uma polêmica entrevista coletiva. O treinador foi criticado por não responder a uma pergunta sobre a reta final da temporada de 2023, quando o clube carioca teve um desempenho abaixo do esperado.
Arthur Jorge considerou a questão fora de contexto e preferiu focar no momento atual do time, que acabou de garantir vaga nas semifinais da Libertadores. Durante o programa ‘Bate-Pronto’, Flávio Prado destacou que Arthur Jorge é um treinador “raiz” e que tem o direito de evitar assuntos que considera irrelevantes.
O comentarista defendeu a postura do técnico e ressaltou que, mesmo que o tema levantado pelo jornalista não fosse completamente descabido, Arthur Jorge não errou ao decidir não falar sobre o assunto. Para Prado, a relação entre repórteres e técnicos deve ser baseada em respeito, mas ambos têm a liberdade de escolher o que perguntar e responder.
Polêmica em coletiva de imprensa
Na coletiva após a vitória do Botafogo sobre o São Paulo, que garantiu a classificação para as semifinais da Libertadores, Arthur Jorge demonstrou irritação com uma pergunta direcionada ao meio-campista Marlon Freitas.
A questão mencionava a recuperação do jogador após a frustrante reta final do clube no ano passado. O treinador, porém, interrompeu a pergunta e rebateu:
“Já temos mais de 10 meses desta temporada e vocês continuam a falar da temporada anterior. Falem deste jogo que ganhamos, do adversário que passamos, e que estamos mais uma vez nas semifinais das Libertadores. Falem disso, não faz sentido falar disso 10 meses depois daquilo que foi a temporada anterior. Desculpa, mas não faz sentido nenhum.”
Flávio Prado vê atitude natural
Durante o programa da Jovem Pan, Flávio Prado defendeu a postura do técnico alvinegro. Para o comentarista, Arthur Jorge é um treinador “raiz” e tem todo o direito de evitar assuntos que ele considere desgastados. “O repórter tem o direito de perguntar o que ele quiser e o técnico, se não gostar, não responde e pronto. Não é ele que tem que avaliar se o passado ficou no passado”, argumentou Prado. O
jornalista destacou que, embora a pergunta sobre 2023 não fosse descabida, Arthur Jorge não errou ao não querer falar sobre o tema.
“Ele é meio ‘raizão’, sabe? O que eu discutia com treinador também. Com o Telê (Santana) então… Depois ficava tudo certo”, relembrou Prado, mencionando a época em que cobria futebol como repórter.
Para Flávio Prado, não existe pergunta ou resposta certa ou errada em situações como essa. “Eu acho que não tem pergunta certa ou errada. Também não tem resposta errada. Não está errado o Arthur Jorge. Ele não gostou e reclamou”, concluiu o comentarista, afirmando que o técnico apenas expressou sua insatisfação com a insistência em temas do passado.
Relacionamento com a imprensa
A relação entre treinadores e jornalistas costuma ser marcada por momentos de tensão, especialmente quando o time atravessa situações delicadas. O Botafogo, que passou por altos e baixos na temporada passada, vem buscando mudar sua imagem e concentrar as atenções no que tem feito dentro de campo em 2024.
Arthur Jorge, conhecido por sua postura mais séria e direta, já havia demonstrado anteriormente sua preferência por discutir o presente e evitar polêmicas do passado. A vitória contra o São Paulo, que colocou o time nas semifinais da Libertadores, foi um ponto de virada importante para o clube e para o próprio técnico, que busca consolidar sua posição no comando da equipe.
Flávio Prado acredita que esse tipo de comportamento é comum entre treinadores que prezam por um ambiente mais focado. O comentarista citou a própria experiência ao lidar com técnicos “raiz”, ressaltando que, apesar das divergências, o respeito mútuo sempre prevaleceu.
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Thiago Matos é natural de Antas, Bahia, e possui formação em Letras com ênfase em Língua Francesa e Literatura Francesa pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Apesar disso, ele se identifica profundamente com Feira de Santana, considerando-se um feirense. Thiago tem um forte vínculo emocional com o Fluminense de Feira de Santana, e encontra grande inspiração na série de televisão “The Wire”.