Não faz muito tempo que começaram a surgir as notícias: entrando na onda dos streamings e redes sociais, atletas passaram a oferecer, através de plataformas pagas, conteúdo erótico. Dentre os motivos, as causas mais comuns eram as de conseguir se manter, além de conquistar mais evidência.
Como uma febre, a novidade se espalhou rapidamente e mais pessoas passaram a oferecer o serviço. Agora é comum ouvir relatos de desistência.
Jéssica Bate-Estaca e seu relato emocionante
A lutadora brasileira de MMA Jéssica ‘Bate-Estaca’ fez uma declaração tocante sobre sua experiência no ‘onlyfans’, site mais conhecido para produção desse tipo de conteúdo, em entrevista ao podcast ‘Conect Cast’.
Jéssica afirmou ter entrado contra sua vontade, por questões financeiras e persuasivas. Em um relato emocionante, disse toda a verdade sobre a situação que a levou a isso.
“Tinha, não tenho mais. Nunca gostei de fazer esse negócio, você acredita? (…) Realmente isso aí foi muito ruim para mim porque eu tenho uns traumas de infância, coisas de abuso e tudo mais. E quando eu fazia aquilo ali, eu me sentia da mesma forma, de mãos atadas, eu não conseguia ter reação. Sabe quando você trava?”, confessou.
Numa progressão surpreendente, Bate-Estaca revelou ter sido persuadida por sua antiga companheira, a qual também administrava as finanças do casal. Depois de gastar todo dinheiro dos prêmios das lutas e vivendo nos Estados Unidos, a ex-mulher de Jéssica conseguiu convencê-la a tirar a roupa como forma de conseguirem pagar as contas.
Mesmo contrariada e cheia de gatilhos mentais, Jessica concordou em fazê-lo.
A situação piorou quando as fotos vazaram, e a atleta teve de fingir normalidade, mesmo devastada. Some isso a uma relação abusiva, e conseguimos imaginar um cenário desolador de tristeza. Ela optou por terminar saindo do ‘ramo’ depois de uma conversa franca com seu antigo treinador, que afirmou ter ficado surpreso ao se deparar com o teor do conteúdo.
É preciso ter cuidado com as modas
Sendo essa uma grande moda, diretamente relacionada à inserção nas redes sociais, torna-se necessário parar para elaborar alguma reflexão acerca do tema. Para a psicóloga Amara Carvalho, toda cautela é pouca na hora de pensar numa exposição desse calibre:
“Devemos respeitar as liberdades individuais e entender o culto à imagem com o qual convivemos, mas a pessoa precisa ter certeza não somente da sua vontade, mas das consequências daquilo a que irá se submeter”, afirma.
Afinal, a concorrência e a necessidade constante de produzir conteúdo tende a demandar que o sujeito passe a fazer coisas cada vez mais ousadas, que contrariem a sua índole, para atender as necessidades específicas do mercado. Além disso, é comum que as fotos e vídeos vazem, caindo na mão de pessoas mal intencionadas.
Na Internet, é possível encontrar relatos de pessoas que desistiram da carreira erótica, depois de lidarem com situações nada agradável de perseguição e descrédito em suas vidas pessoais e profissionais. Há ainda o desconforto em se submeter à situações degradantes, para conseguir manter os assinantes mensais, que costumam passar a exigir mais do que apenas fotos sensuais.
“O nível de exposição é muito grande, e o sexo ainda é visto como um tabu na sociedade. Tem que ter muita consciência pra fazer uma coisa dessa”, complementa Carvalho.
Outros atletas que entraram na onda
Mas nem tudo são trevas. Há casos de muito êxito, com tamanha lucratividade que os atletas decidem até mesmo abandonar o esporte. Além disso, a grande evidência trazida por esse elemento acaba sendo fator preponderante para que muitos se sintam confortáveis em seguir com a produção de conteúdo picante para as redes.
Atletas brasileiros como Key Alves, do vôlei, o futebolista Fábio Braz e o lutador Charles do Bronx, são exemplos de carreiras consolidadas, nas quais se apoiam na produção de fotos e vídeos nus para alavancar mais espaço na grande mídia. Key, por exemplo, se destacou como ‘jogadora de vôlei mais seguida do mundo’ e garantiu uma vaga no BBB 23.
Aguardemos os capítulos dessa novela para maiores de 18 anos!
Veja mais de Key Alves no Twitter:
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.