Botafogo, Cruzeiro e Vasco decidiram sair da Liga Brasileira (LIBRA), que perdeu de uma vez só 3 clubes grandes da Primeira Divisão. A Liga Futebol Forte (LFF) não terá pagamento prometido pela investidora americana Serengeti no valor de R$ 331 milhões, que espera entendimento entre os clubes para poder avançar com as tratativas. O que começou com desavenças entre Palmeiras e Flamengo, agora se espalha para outros clubes e união das 40 agremiações fica mais distante e com isso a Liga Brasileira não deve sair do papel, a não ser que aconteça alguma reviravolta.
Libra enfraquecida
O primeiro a abrir o tampão da crise da Libra foi o investidor americano John Textor, atual dono de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (Saf) do Botafogo. Textor, em entrevista ao GE, anunciou a saída do Botafogo da Libra e ainda de quebra criticou a falta de união dos dirigentes dos clubes para chegar em um acordo que beneficie a todos. Depois do Botafogo, mais dois importantes e tradicionais clubes que recentemente viraram SAF decidiram deixar a entidade: o Cruzeiro e o Vasco.
A Libra, agora, fica com 15 times, sendo que apenas 8 integram a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. A Liga Futebol Forte (LFF), por exemplo, possui 9 clubes na Série A. Dessa forma, a Liga Brasileira perde protagonismo em possíveis negociações com investidores, pois perdem capacidade em negociar em bloco. O enfraquecimento não é ainda maior porque a Libra, apesar da saída destes três grandes, possui a força da maior parte das equipes com maior torcida do país, como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras.
Serengeti segura pagamento
A investidora americana Serengeti, que acenava em repassar um adiantamento na casa de 331 milhões para os integrantes da Liga Futebol Forte nesta semana, preferiu segurar um pouco o pagamento porque 2 dos 26 clubes estão enfrentando problemas internos para prosseguir com as negociações, são eles Internacional e ABC. As tratativas seguem, mas houve um claro pisar no freio e sinalização de que a investidora está atenta aos “humores” dos clubes antes de abrir a porta do cofre.
Até o momento, a LFF recebeu apenas 350 mil pela assinatura de um documento no qual se compromete em manter a Liga unida, com seus 26 clubes signatários. Quem selou este pagamento, mediante compromisso passado em cartório, foi a XP Investimentos, que é a intermediária dos investidores estrangeiros da Serengeti com a LFF.
Até quando?
Com essas idas e vindas, é mais um ano que vai caminhando e os clubes brasileiros se mostram incapazes de se unir em torno de um projeto que eleve os níveis de profissionalismo do futebol nacional. O futebol pentacampeão parece temer o novo. Enquanto, há décadas, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Itália, França mostram claramente que ligas fortes é sinônimo de dinheiro e ótimas audiência, no Brasil os clubes apostam no salve-se quem puder.
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.