Cléber Machado segue sem rumo profissional definido. Atualmente fazendo um bico na Amazon Prime com as narrações da Copa do Brasil, o experiente narrador mata o tempo participando de podcasts e entrevistas. A verdade é que todo mundo ainda segue curioso em relação a não somente os motivos de sua demissão, mas ávidos em extrair as fofocas relacionadas aos bastidores da Rede Globo, casa na qual trabalhou por 35 anos na condição de número 2.
‘Hablou’ mesmo
Em entrevista ao programa Conectados, da Rádio Transamérica, Cléber pôde mostrar mais uma vez o seu carisma, lembrando porque sempre foi tão querido pelo público, que sente sua falta. Perguntado sobre a possibilidade de abrir um canal do Youtube, estratégia comum dos comunicadores mandados para o escanteio do sinal aberto, o narrador foi enfático:
“Eu não sei ainda. Algumas pessoas sugerem fazer canal no Youtube, eu tenho lá minhas dúvidas. Tudo que eu faço, tento fazer bem feito. O que não quer dizer que eu faço bem feito para todo mundo. Eu quero a certeza que estou fazendo legal, entrar no clima… para fazer um canal, não basta ser um vídeo a cada cinco dias, tem que ser um negócio legal”, disse Cleber Machado.
Podcasts e mais Podcasts
De fato, Cléber não deixa de ter razão. A proliferação de podcasts soa como uma moda, e nos faz pensar sobre os reais interesses desse tipo de plataforma de comunicação. Seria uma oportunidade de divulgar os entrevistados, ou os entrevistadores? Normalmente categorizados como uma conversa informal, que foge ao gênero entrevista, o que notamos é uma dança das cadeiras, onde os mesmos convidados fazem rodízio entre os canais, sendo sempre perguntados sobre as mesmas coisas. Além disso, por permitir-se ser uma plataforma/gênero menos engessado, podemos perceber interrupções constantes por parte dos apresentadores, mudanças de rumo da prosa, excessos de piadas… algo que realmente precisa ter paciência para consumir e produzir.
Censura na Globo
Vale lembrar que Galvão Bueno, ‘rival’ de Cléber, está focado na sobrevida como comunicador depois da aposentadoria, usando o Youtube como plataforma para demonstrar sua real influência: afinal, o antigo número 1 da Globo tem bala na agulha pra chamar quem quiser pro seus próprios veículos.
Já Machado que, caso siga o mesmo caminho, afirma que nunca foi censurado na Globo e possivelmente será a mesma pessoa que sempre foi durante as antigas transmissões:
“A gente não tem falta de liberdade. Acho que não (entregaria algo diferente). É um pouco de folclore que você não pode fazer isso ou aquilo. Nunca ninguém chegou e disse: ‘Não fale isso’. Você tem uma noção exata do que não deve falar, é bom senso. Muita gente acha que é uma auto censura, que é uma palavra muito forte. Tem muito folclore. Fazer descontraidamente ou não, acabou sendo uma conversa interna de ser mais informal, menos duros, ter uma relação mais próxima com quem está assistindo. A gente começou a fazer. Não sei se seria diferente fazer um jogo na Transamérica ou fazer um canal meu. Tenho dúvida. Direito não é pegar e transmitir isso aí. Para você ter alguma coisa legal, precisa ter direitos de verdade.”, relatou o narrador.
Machado não está no Youtube, mas brinca de Influencer no Instagram. Veja esse vídeo em que narra um momento clássico do futebol brasileiro:
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.