Parece que o Timão é o Lobo do próprio Timão! Quando não estão lidando com problemas jurídicos com os seus ex-funcionários, ou amargando classificações inferiores nas tabelas dos campeonatos em que participa, o Corinthians ainda precisa lidar com seus próprios torcedores. Esporte e Mídia relatou recentemente um protesto envolvendo entusiastas frustrados na porta do Parque São Jorge, sede do clube. Agora a coisa aconteceu ainda mais ofensiva, dessa vez na cidade de Santos.
Protesto e coerção
O ocorrido foi na noite de terça 20/06. A delegação chegou ao litoral paulista para a partida marcada para o dia 21, contra o Santos. Contudo, nenhum jogador, diretor ou membro do staff conseguiu sequer descer do ônibus em que estavam. O motivo? Torcedores esperavam a equipe em frente ao hotel, com um protesto que parecia ir muito além da simples indignação. Em meio a muitos fogos e gritos ameaçadores, a equipe se manteve no ônibus, preocupada com sua segurança. Nos vídeos gravados por transeuntes, é possível observar o tom ameaçador. Relatos afirmam que um dos cânticos entoavam: “Ou joga por amor, ou joga por terror”. O veículo também recebeu algumas investidas violentas.
Veja o vídeo:
Indisciplinados mesmo
De fato, a situação do Corinthians não é nada boa. Dos dez jogos disputados no Brasileirão, a equipe venceu apenas dois. Está na 16ª posição da tabela, estando apenas uma colocação na frente dos piores colocados do Z-4. A torcida, por sua vez, mantém a sua fama de irracional e indisciplinada, cometendo atos de vandalismo e preconceito como forma de externalizar o desespero. Recentemente uma partida precisou ser interrompida, sob gritos homofóbicos da própria torcida do Corinthians contra a equipe rival. Na semana passada, um protesto em frente ao Parque São Jorge ameaçava: “Fora, Ratazanas”.
Futebol é entretenimento
Ainda que haja uma razão para a insatisfação, não devemos normalizar a violência. De fato, há muito em jogo no futebol, sendo essa uma indústria milionária. Contudo, não deixa de ser uma via de entretenimento na qual não podem ser aceitos episódios de agressão. Há muito é estudada uma forma de punir atitudes como essas, sendo o Estatuto do Torcedor e a Nova Lei Geral dos Esportes uma possibilidade jurídica de se garantir o bem-estar dos apreciadores de um esporte que é, verdadeiramente, Paixão Nacional.
O Corinthians se pronunciou
Leia a nota do Corinthians na íntegra:
O Sport Club Corinthians Paulista repudia a intimidação promovida por um grupo que se diz torcedor do clube, durante a chegada da equipe de futebol profissional masculina em Santos, na noite desta terça-feira (20/6), para o jogo de hoje (21/6), às 20h, contra o Santos, na Vila Belmiro.
O ônibus da delegação foi imediatamente cercado por essas pessoas, que soltaram rojões, bombas e foguetes, bateram na lataria do veículo e ameaçaram os atletas e comissão técnica. Prezando a segurança de todos – atletas, comissão assim como dos verdadeiros torcedores corinthianos, incluindo famílias com crianças presentes no local –, após uma hora aguardando para desembarcar com segurança – o que não foi possível –, o clube decidiu retornar ao CT Dr. Joaquim Grava, comprometendo toda a logística da equipe, que, de praxe, chega no dia anterior ao local da partida para proporcionar o melhor descanso e alimentação aos jogadores antes de entrarem em campo.
O Corinthians vai apurar os fatos e as responsabilidades que geraram a insegurança no desembarque da equipe para evitar que cenas lamentáveis como estas se repitam.
A delegação está bem. Os jogadores estão focados e preparados para o clássico de hoje.
Por fim, o clube repudia quaisquer tipos de manifestações agressivas que coloquem em risco a integridade física dos profissionais que representam a instituição. Atitudes como estas não condizem com os valores corinthianos.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.