Não tem sido fácil para a primeira e única narradora mulher da TV Brasileira. Renata Silveira, radialista que ainda dá os primeiros passos na carreira como narradora, tem alcançado grandes feitos simbólicos no nicho, ainda conhecido por ser essencialmente masculino. No entanto, todos os seus passos são marcados pela questão de gênero, com um público que não parece muito disposto a deixar as coisas mais fáceis para ela.
Cruzeiro x Atlético-MG
A última polêmica em questão aconteceu durante um clássico mineiro: Cruzeiro e Atlético-MG. A partida, equivalente à 9ª rodada do Brasileirão, terminou em 1 a 0 para o Atlético- MG. Renata narrou a partida para o serviço de streaming Premiere e também alcançava o feito de ser a primeira mulher a comandar a narração de um jogo entre as duas equipes. Logo após o jogo compartilhou o ataque sofrido em suas redes.
Cacoetes
As mensagens, enviadas por um perfil auto-intitulado João Pedro, questionavam o mérito da presença da profissional para além do aspecto da inclusão. Daí em diante é só ladeira abaixo: numa progressão ofensiva avassaladora, os ataques, de acordo com o print exposto, terminam por falar de um possível mau-hálito e chamá-la de ‘projeto de lixo’.
A atitude de Renata foi expor as mensagem e convocar um mutirão de denúncias, como forma de banir o usuário da rede. Essa atitude foi vista por muitos como vitimismo, uma vez que a tendência dessas mensagens anônimas é ser enviada por perfis ‘fakes’, ou seja, contas que não são as verdadeiras pelas quais os usuários realmente se comunicam.
A verdade sobre Renata
O fato é que ainda há muita resistência em relação à performance de Renata como narradora. A maior parte das queixas estão relacionadas a uma possível imitação sobre o modo como os homens narram e também pela sua falta de carisma. Enquanto não houver outra narradora mulher, vai ser difícil conseguir definir qual é o problema de Silveira.
Nas redes, muitos fãs que circundam o seu perfil trataram de defendê-la, denunciando o ‘fake’. Mas não é difícil encontrar pessoas que ainda não se acostumaram com o seu jeito de narrar e não parecem estar dispostas a fazê-lo tão cedo. No TikTok, por exemplo, há um volume grande de vídeos que fazem graça da potência vocal, ou do seu jeitinho peculiar de narrar as jogadas. Gostemos ou não, é o que tem pra hoje. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Confira alguns tweets sobre a performance de Renata na rede social:
Renata Silveira está no Twitter! Siga a narradora pra ficar por dentro do que é novidade na carreira da primeira mulher narradora do Brasil:
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.
Renata Silveira não é a primeira narradora da tv brasileira. A primeira foi a Luciana Mariano, da ESPN, quando ela ainda trabalhava na Band, por meio de uma oportunidade dada por Luciano do Valle, que tempos depois, viria a ser seu marido. Lá, na emissora do Morumbi, Luciana narrava partidas de futebol feminino.
Com todo respeito a Renata Silveira, tem a NATÁLIA LARA que pra mim narra muito melhor que a Renata. E sim, acho que o Grupo Globo está forçando a barra para ela, colocando em vários jogos grandes, sequenciais escalas, de formas que vai acabar queimando ela. Isso tem que ser aos poucos, de forma gradativa sem forçar a barra como está sendo.
MUITO RUIM, SÓ ISSO!!