Na semana passada, dia 14 de junho, o portal UOL publicou o primeiro de quatro episódios do podcast “O grampo de Robinho”, que traz gravações exclusivas de grampos que a polícia italiana fez do jogador Robinho e seus amigos, que estavam sendo investigados sobre um crime de estupro coletivo de uma jovem mulher albanesa.
O primeiro episódio de “O grampo de Robinho” causou desconforto e asco de muita gente a respeito do jogador brasileiro, que inclusive já representou o Brasil em duas Copas do Mundo (2006 e 2010).
O conteúdo das ligações, que foram interceptações telefônicas a mando da Justiça italiana, já era de conhecimento público desde de 2020, quando as transcrições de seus conteúdos, anexos ao processo, foram publicados. Mas agora foi a primeira vez que foi possível escutar tudo da própria boca do atleta, percebendo a entonação de deboche e crueldade com que o então atacante do Milan lidou com a possibilidade de ser investigado pelo crime que ele tinha cometido.
Gargalhadas com a “certeza” da impunidade
Foi chocante para muita gente que já ouviu o primeiro episódio de “O grampo de Robinho” a forma como Robson de Souza, então com quase trinta anos, lidou com a possibilidade de ser investigado pelo crime de estupro coletivo da jovem albanesa. Causou espanto como o jogador gargalhou quando soube que teria de depor na polícia.
O jogador dava a entender que não esperava nada menos que a impunidade sobre seus atos horrendos e criminosos. Apostando na total embriaguez da jovem, Robinho contesta seu amigo Jairo quando este lhe dá, por telefone, a notícia de que o jogador seria em breve procurado pela polícia, pois a jovem da Albânia tinha dado o nome dele como um dos participantes do ato criminoso: “Que meu nome? Ela não me conhece. Como deu nome? É impossível”.
Relembre o caso
Segundo conclusão da justiça italiana, o crime de estupro coletivo cometido por Robinho e cinco amigos ocorreu em 22 de janeiro de 2013, em Milão, dentro da boate Sio Cafe.
Quatro amigos do então atleta do Milan foram embora da Itália enquanto ocorriam as investigações sobre o caso. Eles não foram processados porque deixaram o país. Ricardo Falco e Robinho, que permaneceram na Itália, acabaram condenados a 9 anos de prisão.
A condenação passou por todas as instâncias da justiça italiana, sendo que o processo foi concluído na última instância em janeiro de 2022, praticamente 10 anos depois do cometimento do crime. E a sentença, portanto, tem que ser cumprida, pois todos os recursos da defesa já foram atribuídos e considerados.
Enquanto o processo seguia o seu curso, o jogador Robinho retornou ao Brasil. Como no país existe uma lei que não permite a extradição de seus naturais, o jogador conseguiu se livrar da prisão na Itália. Porém, desde o início deste de 2023, a justiça italiana tenta um acordo com a justiça do Brasil para que o jogador Robinho cumpra sua pena numa prisão brasileira.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.