Hora e vez de Luis Roberto: a “nova voz da Globo” para a Seleção e a Copa

Com os amistosos contra Guiné e Senegal, a Globo "estreou" o seu principal narrador, a voz que irá (talvez) embalar a nação rumo ao título mundial em 2026: Luis Roberto. O narrador passou bem pelo "testes". Mas também é verdade de que precisa de jogos melhores. Estes amistosos não empolgaram ninguém.

Estamos presenciando um fato novo e histórico na Rede Globo. Galvão anunciou a sua “aposentadoria” das narrações no principal canal televisivo do país após a Copa do Mundo do Catar. Portanto, depois de algumas décadas, a Globo vai ter outra “voz” para embalar os anseios nacionais para um novo título Mundial

Este momento “novo”, entretanto, esperou pelo menos até esta semana. Como a Rede Globo não transmitiu o primeiro amistoso do Brasil após a Copa, a derrota por 2 a 1 para Marrocos, Luis Roberto esperou alguns meses até assumir o novo posto de voz principal da narração esportiva no maior canal de televisão do país.

As primeiras partidas narradas por Luis Roberto como o principal narrador da seleção brasileira na Globo demonstraram que ele está pronto para o desafio de ser a “voz” do Brasil neste próximo ciclo até a Copa do Mundo de 2026.

Esforço, competência, deixar legado

Contra Guiné e Senegal, no último sábado (17) e na última terça (20), o narrador Luis Roberto comandou as transmissões com a competência que lhe é natural e que também é habitual ao público, que conhece a sua “voz” por anos e anos na condução de diversos jogos nos campeonatos nacionais e internacionais. Momento alto da transmissão de Luis Roberto contra Senegal foi quando ele revelou, em primeira mão durante a partida, que a CBF e o treinador italiano Carlo Ancelotti teriam fechado acordo para que ele assumisse a Seleção Brasileira. Luis Roberto atuou, também, como comentarista em alguns momentos do jogo, quando analisou as escolhas de Ramon para certas posições e fez boas leituras da estratégia de Senegal diante do Brasil.

No geral, estes jogos contra Guiné e Senegal não foram diferentes de diversos amistosos pra lá de sonolentos que o Brasil é “forçado” comercialmente a fazer. Esse tipo de jogo empolga pouquíssimo o torcedor. O time mostrou cansaço, falta de foco, incapacidade em performar em alto nível. O que de certa forma é compreensível pela data em que estes jogos foram feitos (final da temporada europeia, na qual 90% dos atletas brasileiros atuam). Luis Roberto, portanto, conduziu ambas as partidas com o volume da emoção em modo “moderado”. Talvez os minutos finais do jogo em Lisboa, quando a canarinho estava já perdendo por 3 a 1 para Senegal e aumentou um pouco o ritmo para buscar o empate (o que resultou no oposto, perder por 4 a 2), é que Luís pode subir um pouco mais o tom. 

É claro que não foi a primeira vez que Luis Roberto narrou um jogo da Seleção Brasileira. Contudo, estes dois amistosos foram os primeiros de Luis como voz principal da emissora. Os primeiros em que o narrador não esteve sob a hierarquia e hegemonia de Galvão Bueno. Mas este tipo de “ineditismo” não mudou nada no desempenho de Luis frente aos microfones. O narrador foi o mesmo de sempre, se mostrando confiante e competente. Nós do Esporte e Mídia, que simpatizamos com ele, esperamos que Luis Roberto tenha em breve a oportunidade de narrar jogos mais emocionantes, pois já provou que merece.

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