O que fazer com o futebol feminino? A Rede Globo resolveu aceitar a pressão dos tempos e cedeu espaço em sua programação: A Copa do Mundo Feminina será transmitida (ainda que praticamente de madrugada) e o Brasileirão Feminino começou no último domingo. O resultado disso foi uma audiência 50% menor para a emissora.
Queda Livre
Os números não negam. A transmissão foi 43% menor do que a partida entre times masculinos. A informação foi cedida pelo Ibope Kantar. A partida entre São Paulo e Palmeiras (1 x 1) registrou somente 13 pontos na audiência, enquanto as emissoras concorrentes viram seus números subirem, em comparação ao fim de semana anterior. Além disso, os canais ESPN e SporTV, responsáveis por transmitir a Liga das Nações, viram rechear a sua audiência, com um público que bateu em retirada do sinal da TV Aberta.
Futebol Feminino é ‘marba’
Há quem diga que a decisão da Globo não passa apenas pelas pressões advindas da internet, de equidade e empoderamento feminino. Segundo especialistas, essa é uma estratégia financeira também, já que o futebol feminino é ‘marba’: é muito ‘marbarato’ do que o tradicional, jogado por homens. Dessa forma, pode-se investir em publicidade e pagar de preocupada com a agenda mundial, fazendo descer ‘guela abaixo’ a ideia de que o brasileiro precisa se interessar por futebol feminino.
Vale lembrar que, para a Copa do Mundo Feminina, a acontecer em julho na Austrália e Nova Zelândia, a emissora vai mandar o mínimo de profissionais, e as partidas serão narradas de dentro do próprio estúdio Globo: muito diferente de toda parafernalha enviada paras as Copas do Mundo masculinas.
E os anunciantes
Quem sai prejudicado são os anunciantes, que confiam na estratégia do canal de reduzir custos enquanto fazem a linha de politicamente corretos. Teóricos em futebol e mídia acreditam que é preciso continuar insistindo, uma vez que toda essa abertura ainda é muito recente, não havendo nenhuma cultura de consumo dessa modalidade sendo jogada entre mulheres. De qualquer forma, a rejeição passa pela economia, desinteresse e até preconceito. Esporte e Mídia segue na análise dos dados do futebol feminino e volta a qualquer momento com novidades.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.
Gosto muito de futebol feminino!