Campeonatos Estaduais: fator político pode ser o motivo da modalidade não ser extinta?

O futebol brasileiro é uma paixão nacional, entre as disputas acirradas e rivalidade à flor da pele, são características marcantes no futebol e saber qual papel cada campeonato é algo importante e pode variar de acordo com cada região.

Os campeonatos estaduais vêm sendo alvo de duras críticas ao decorrer de várias temporadas. Para alguns, a principal finalidade desse campeonato tão popular é preparar os atletas para os jogos do brasileirão e caçar jovens talentos.

Os jogos estaduais estão perdendo a relevância em algumas regiões, aponta uma recente pesquisa da Betway, site de apostas esportivas. O estudo busca entender essa relevância no meio esportivo e expõe motivos políticos que impedem o fim deste campeonato.

Os tradicionais jogos estaduais e sua relevância
Alguns clubes criticam fortemente a presença do campeonato estadual e a interferência de tempo que ele representa com relação ao campeonato brasileiro.

Com opiniões diversas sobre sua relevância, Celso Unzelte, professor na Faculdade Cásper Líbero, historiador e comentarista dos Canais Disney, aponta, em entrevista para a Betway, que são diferentes perspectivas sobre o mesmo campeonato, já que existem ‘estaduais e estaduais’.

Para Unzelte, “Certos títulos são uma saga, tem uma história por trás daquilo, e o futebol permite isso”.
Um mercado milionário extremamente promissor e que movimenta milhões todos os anos através de estádios lotados, impulsionado pela paixão dos torcedores, vai além dos portões dos campos. Essa paixão nacional se divide entre críticas e apoiadores sobre a estrutura da modalidade dos campeonatos.

Os campeonatos estaduais fazem parte da história, mas vem perdendo sua importância no futebol brasileiro, e o fator político pode ser o motivo da modalidade não ser extinta.

Crédito da foto: iStock

Tempo de preparo dos campeonatos: Estadual e Brasileiro
No campeonato estadual o preparo leva em média os cinco primeiros meses do ano, já o Brasileirão se limita a se estruturar entre maio e o começo de dezembro de cada ano, com uma média de dois jogos por semana.

A principal reclamação é que os times quase sempre vem desfalcados por falta de tempo hábil para o preparo ideal dos jogadores. Outro fato é a falta de treino adequado que força os técnicos intensificarem os treinos e acabam prejudicando a qualidade do time e muitas vezes contundindo alguns jogadores.

Sobre o Brasileirão e o Campeonato Estadual, ambos possuem um excelente número de torcedores, contudo a diferença é significativa com relação ao campeonato brasileiro que, disparadamente, possui maior popularidade entre os torcedores.

Campeonato Estadual e os principais motivos de permanecer ativos
O Campeonato Estadual é considerado um verdadeiro vilão para o preparo dos jogadores para o Campeonato Brasileiro, famoso por dificultar a escala e o preparo do atleta, as opiniões sobre a existência do campeonato divide opiniões.

O formato do campeonato estadual permanece imutável e, segundo a pesquisa da Betway, o fator político é o grande vilão, pois as federações regionais paulista, carioca e baiana são responsáveis por organizar e ao mesmo tempo compor o colégio eleitoral que elege o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Esse fato torna o sistema de campeonatos sem perspectivas de mudança, visto que está limitado às formalidades e requer mudanças estruturais para que se torne mais dinâmico em relação a estruturação e interesses entre os dirigentes.

Segundo fala de Pedro Menezes, conforme o levantamento da Betway, existem dúvidas pertinentes sobre a relevância do Estadual. Daí surge a primeira pergunta crucial: “se não houver campeonatos estaduais, como esses jogadores serão captados?”. Para Menezes, “A principal questão é a sobrevivência dos clubes menores”.

Menezes ainda acrescenta ao site de apostas esportivas: “Para muitos desses clubes, o estadual é a única competição que eles jogam. Se reduzirem muito o tamanho dos estaduais, e os pequenos ficarem sem datas, corre o risco de deixarmos de ser esse celeiro de atletas. Esses clubes menores são os grandes responsáveis pela captação e formação de jogadores. Diversos atletas são revelados em campeonatos estaduais. Mas se mudarmos esses campeonatos, vamos perder essa rede de captação que hoje em dia é natural. Temos mais de 800 clubes profissionais dentro do Brasil”.

Pensar no campeonato estadual como celeiro dos jovens atletas é procurar relevância além das políticas impostas pelas coligações.

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1 comentário em “Campeonatos Estaduais: fator político pode ser o motivo da modalidade não ser extinta?”

  1. Os campeonatos estaduais só estão vivos porque são os palácios dos reis presidentes das federações. A CBF não muda o calendário excluindo datas paras os estaduais porque são os presidentes dessas federações que votam e são os candidatos a presidente da CBF. Nem campeonatos regionais são bem vistos por eles, não sei como que a Copa Verde e Copa do Nordeste ainda estão rolando, se dependesse deles, já teriam acabado.

    Esse Menezes citado na reportagem deve ter ligação com algum deles. Pros clubes pequenos, é muito mais viável a criação de uma Série E do Brasileiro e as Copas Estaduais no meio de semana organizadas pelas federações, do que jogar um estadual de 4 meses, levar preju financeiro, fechar as portas por 8 meses e torcer pra algum grande desembolsar uma grana boa por um dos seus jogadores nos estaduais.

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