Quase 18 anos se passaram desde que a seleção brasileira fez história com a conquista do pentacampeonato mundial. Quase um mês se passou desde o último jogo de futebol na Globo, já que os campeonatos estão parados por causa da pandemia de coronavírus. Chegou a hora de matar a saudade. Como presente de Domingo de Páscoa, a oportunidade de ver novamente, neste dia 12, a grande final da Copa de 2002, entre Brasil e Alemanha, com a histórica narração original de Galvão Bueno. Além da íntegra da vitória brasileira por 2 a 0, a Globo exibe um pré-jogo inédito de 15 minutos, comandado por Cléber Machado e Casagrande, com a participação de Galvão Bueno e jogadores que participaram da campanha, como Cafu, Vampeta e Kaká. Após o apito final, a Globo mostra como foram os momentos de festa da conquista do penta e da histórica chegada dos jogadores ao Brasil.
Na Copa de 2002, o narrador Cleber Machado esteve na transmissão dos seis jogos da Alemanha até a final. No dia da decisão, estava em Seul, na Coreia do Sul, onde narrou na véspera a disputa pelo terceiro lugar, jogo em que a Turquia bateu a Coreia do Sul por 3 a 2. E guarda com carinho o dia da conquista brasileira: “A equipe de transmissão que estava em Seul se reuniu no Centro Internacional de Imprensa para ver o jogo. Quando a partida terminou, demos uma espécie de volta olímpica para todo mundo saber que éramos brasileiros e campeões do mundo. O movimento dos brasileiros por lá não foi muito grande, afinal, a maioria estava no Japão. Mas teve a nossa comemoração, que foi muito especial. Vai ser muito legal ver novamente essa partida”.
Já para Casagrande, a Copa de 2002 marcou sua primeira experiência como comentarista de jogos da seleção brasileira na Globo. Naquela cobertura, acompanhou o narrador Galvão Bueno e os também comentaristas Falcão e Arnaldo Cezar Coelho.”No dia da final eu estava na cabine junto com meus companheiros de transmissão e lembro de ter sofrido muito, comentando com o coração apertado. É ótimo poder reviver essas lembranças”, conta.
CLÉBER MACHADO
– Como será esse programa especial com a transmissão original do jogo?
Estamos preparando um material especial para ser mostrado antes, no intervalo e depois do jogo para o torcedor matar a saudade do futebol. E teremos a narração original do Galvão Bueno, repleta de emoção. Serão as lembranças de uma Copa do Mundo diferente, a primeira vez em que dois países promoveram juntos este grande evento. Vou lembrar que acompanhei todos os jogos da Alemanha, como foi se dando a evolução da equipe no Mundial e um pouco daquele momento no futebol. Não tem como não citar como a seleção chegou para esta Copa, como foi ganhando confiança, a consolidação da família Scolari, os grandes jogadores que o Brasil tinha.
– Qual o jogo mais marcante que narrou naquela Copa?
Copa do Mundo tem muito jogo legal de acompanhar. Uma sequência que eu fiz e me agradou muito foi a da Alemanha. Fiz todas as seis partidas antes da final. Tive o privilégio de ver uma Alemanha que não transmitia muita confiança, que por vezes era criticada, mas uma equipe muito eficiente, bem fiel ao tradicional estilo alemão. O time chegou à Copa com uma forma muito consistente. Além destes jogos, as partidas em que a Coreia do Sul eliminou Itália e Espanha me marcaram muito. Foi uma Copa bem bacana e de ótimas recordações.
CASAGRANDE
Qual a principal lembrança que você guarda da Copa de 2002?
A Copa de 2002 teve uma diferença muito importante para mim. A de 1998, na França, foi a minha primeira como comentarista da Globo, mas não fiz os jogos do Brasil, só de outras seleções. Já em 2002, me tornei comentarista das partidas da seleção brasileira, junto com Galvão Bueno, Falcão e Arnaldo Cezar Coelho. Foi uma conquista para mim chegar nesta função.
Qual foi o jogo mais emblemático da seleção naquela campanha?
Para mim, o jogo mais difícil foi o contra a Bélgica, pelas oitavas de final. Ali o Brasil correu alguns riscos, mas depois deslanchou e fez uma caminhada tranquila, segura.
A exibição da final da Copa de 2002 vai ao ar neste domingo, dia 12, depois de ‘Temperatura Máxima’,
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.