Record ameaça ir a Justiça contra acordo Globo/FIFA

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Por meio de comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira, a Rede Record protestou contra o acordo que dá à Rede Globo o direito de transmitir as Copas de 2018 e 2022. Segundo a emissora paulista, a FIFA descumpriu a promessa feita de abrir uma licitação pública e fechou um compromisso não transparente, por isso a briga pode até parar na Justiça.

No dia de ontem, a Globo anunciou a renovação de seu compromisso com a entidade máxima do futebol até 2022, mas, para tanto, não venceu nenhum tipo de concorrência pelo novo contrato, ao contrário do que normalmente acontece em negociações do tipo. À FIFA, explicou, porém, que “aborda cada mercado de forma diferente de acordo com as circunstâncias”.

Com informações do UOL Esporte

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DA RECORD
A Rede Record vem a público manifestar absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para o Brasil com uma outra emissora sem qualquer licitação.


A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da Fifa, Sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela Fifa em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e da Fifa. No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.


O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada, A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, como Alemanha, Itália e Portugal; da Ásia como China e Índia; da Oceania como Austrália, da África, além de Estados Unidos, Canadá, América Central e da própria América do Sul.


É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido “fora do horário comercial”, sem ser à luz do dia e de forma transparente.


Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora.


A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suiça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.


Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suiça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção.

ATUALIZAÇÃO (19h55): Segundo a Veja Online, por Lauro Jardim, não foi só na Record que a Globo deu um drible com a compra dos direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022. Deixou também o portal Terra e operadoras de telefonia para trás. O contrato da Globo com a Fifa inclui TVs aberta e fechada, internet e celular. O responsável pela negociação, Marcelo Campos Pinto, está com prestígio nas nuvens na emissora.

ATUALIZAÇÃO (1/3 – 5h00): Segundo o Jornal Agora São Paulo, por Alberto Pereira Jr., a Globo afirma não haver obrigação legal de uma entidade privada, como a FIFA, de fazer concorrência. A entidade, por sua vez, não respondeu os questionamentos da Record.

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