O mercado de apostas esportivas online no Brasil está passando por uma etapa que promete transformar o setor. A partir de outubro deste ano, o Governo Federal começa a impor novas regras de regulamentação, com o objetivo de criar um ambiente mais seguro e transparente para os usuários e operadores de apostas.
A transição do mercado de apostas
O Ministério da Fazenda (MF) anunciou a publicação de uma lista oficial com os sites de apostas que estarão autorizados a operar no país. A medida busca garantir que a partir de 1º de janeiro de 2025, apenas as plataformas legalizadas continuem funcionando, oferecendo mais segurança para os apostadores e contribuindo para uma maior transparência do setor.
Até essa data, muitas empresas estão correndo para se adequar às novas exigências impostas pelo governo. Para receber a licença, as empresas deverão efetuar o pagamento de uma outorga no valor de R$ 30 milhões, válida por cinco anos. Além disso, deverão seguir uma série de normas estabelecidas para evitar fraudes, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva.
Regras de regularização e suspensão de sites
O processo de regularização das casas de apostas no Brasil começou com a publicação de uma portaria pelo MF, que estabelece prazos e procedimentos para as plataformas. As empresas que não pedirem autorização até 1º de outubro vão ter suas operações suspensas e sairão do ar até se ajustarem. Elas terão até 10 de outubro para permitir que os apostadores resgatem seus saldos.
Depois de 11 de outubro, qualquer site sem autorização vai ser proibido de operar e pode ser bloqueado pela Anatel. Essa ação, coordenada pelo Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e Banco Central, busca deixar o ambiente das apostas mais seguro e afastar empresas mal-intencionadas.
Mesmo assim, se um site irregular for tirado do ar, ele ainda vai ter que devolver o saldo dos usuários. Por isso, a dica é sempre checar se a plataforma está regularizada antes de fazer qualquer aposta.
Domínio “bet.br” e o futuro do mercado
Outro ponto importante da regulamentação é a obrigatoriedade de migração das plataformas para o domínio brasileiro “bet.br”. A partir de 2025, todas as empresas com a licença de operação deverão utilizar essa extensão em seus sites, facilitando a identificação de plataformas legalizadas e evitando que os apostadores sejam enganados por sites ilegais.
O governo espera que essa nova regulamentação traga uma maior arrecadação para os cofres públicos, com a previsão de que o valor das outorgas chegue a R$ 3,4 bilhões. Além disso, as empresas licenciadas deverão seguir regras rígidas de compliance, com o objetivo de evitar crimes como a manipulação de resultados e a lavagem de dinheiro, garantindo um ambiente mais seguro para todos os envolvidos.
Prazo final para regularização
As casas de apostas que já solicitaram a autorização têm até 30 de setembro de 2024 para informar ao Ministério da Fazenda quais marcas comerciais e domínios de internet estão em atividade. Esse período de adequação é essencial para que o governo possa organizar o mercado e garantir que, a partir de janeiro de 2025, apenas empresas regularizadas operem no Brasil.
Para o secretário de Prêmios e Apostas do MF, Regis Dudena, essa medida é crucial para proteger a saúde mental, financeira e física dos apostadores, além de combater a criminalidade associada ao setor. Mesmo antes da regulamentação completa, crimes como a fraude e a lavagem de dinheiro já eram punidos, e as novas regras apenas reforçam a necessidade de fiscalização e cumprimento das leis.
Impacto para apostadores e empresas
As novas regulamentações trarão benefícios importantes tanto para apostadores quanto para as empresas de apostas. Para os jogadores, o ambiente será mais seguro, com regras claras e medidas preventivas. Além disso, a obrigatoriedade de uso do domínio “bet.br” facilitará a identificação de sites autorizados, trazendo maior confiança para o público.
As empresas, por outro lado, enfrentarão o desafio de se adaptar às exigências regulatórias. Grandes operadoras estão mais preparadas, enquanto plataformas menores poderão ter dificuldades para cumprir todas as normas, como o pagamento da outorga e medidas de compliance rigorosas.
As exigências de compliance incluem proteção contra fraudes, combate à lavagem de dinheiro e publicidade responsável, o que contribui para um mercado mais transparente e seguro, tanto para quem aposta quanto para quem opera as plataformas.
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Tiara De Aguiar, baiana de Salvador, cresceu acompanhando futebol em família e sempre jogava como goleira nas aulas de educação física. Viveu quase uma década em Buenos Aires, onde nasceu seu amor pela seleção alviceleste e pelo San Lorenzo. Formada em Comunicação Social e Design, explorou a moda sustentável e descobriu talento para a gastronomia. Mas foi na mídia esportiva e na pesquisa sobre o universo do iGaming que encontrou uma forma de unir a paixão pelo esporte e a conexão com o mundo!