Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, o ex-árbitro Manoel Serapião Filho afirmou que não acredita no envolvimento de juízes ou dirigentes da CBF em manipulações de resultados.
Serapião Filho, conhecido por seu papel na implementação do VAR (Árbitro Assistente de Vídeo), destacou que, para ele, não há qualquer indício de que a arbitragem brasileira esteja comprometida com manipulações. Em sua fala, ele foi enfático:
“Não vejo a mínima possibilidade de que haja manipulação, de que o grupo de árbitros do Brasil, tampouco os dirigentes de arbitragem que estão na CBF, possam induzir ou praticar qualquer ato de desvio. Se houver, será uma grande decepção e uma grande surpresa, mas posso assegurar que será com uma ou outra ovelha negra, que não vai contaminar o grupo”, disse.
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Serapião também comentou sobre a tecnologia VAR, que ele ajudou a desenvolver. Embora reconheça que a qualidade do VAR no Brasil ainda possa melhorar, ele acredita que a tecnologia oferece mais segurança ao futebol, ajudando a corrigir erros em lances difíceis.
O ex-oficial de integridade do VAR da CBF, Rômulo Meira Reis, também prestou depoimento e informou que, entre 2017 e 2022, analisou mais de 200 alertas de possíveis manipulações de jogos. Segundo Reis, sua função era verificar irregularidades entre o que acontece em campo e no mercado de apostas.
A CPI também abordou a ausência de William Pereira Rogatto, convocado para depor, mas que não compareceu. Rogatto é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal por suspeitas de manipulação de resultados no futebol. A CPI segue acompanhando o caso e continuará a reunir informações sobre a integridade no esporte.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.
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