O técnico Cuca, do Athletico-PR, se pronunciou sobre um caso de violência sexual ocorrido em 1987, na Suíça, quando ainda era jogador. O discurso gerou debate e questionamentos sobre a responsabilidade dos homens na luta contra a violência sexual.
Em seu pronunciamento, Cuca reconheceu a necessidade de mudança e se comprometeu a fazer parte da transformação. Ele propôs usar sua voz para educar outros homens, principalmente os jovens, sobre o respeito às mulheres. “Sucesso, dinheiro e fama não servem para nada se você se perder no caminho”, disse.
Reação de jornalista da Globo
A comentarista Ana Thaís Matos, do Grupo Globo, discordou de quem chamou o discurso de Cuca de histórico, destacando a ação de mulheres e homens na luta contra a violência de gênero no futebol. Acrescentou, ainda, que a fala do técnico não coloca um ponto final nem uma “bandeira branca” na discussão.
“Que me desculpem amigos e amigas que ficaram comovidos com a bandeira branca em forma de leitura de papel. Mas histórico para o futebol brasileiro foi a postura de algumas mulheres e alguns homens do jornalismo esportivo, e também de alguns atletas”, iniciou a jornalista.
“Mas HISTÓRICO [sic] para o futebol brasileiro foi a postura de algumas mulheres e homens do jornalismo esportivo e também algumas atletas. Não só no caso do retorno atual do agora técnico do Athletico, mas durante a passagem pelo Corinthians e a última pelo Galo. No caso do ex-jogador do Santos [Robinho], no caso do Daniel Alves e entre outros ‘menores’ nesses últimos cinco anos”, acrescentou.
Relembre caso de 1987
Cuca e outros jogadores foram acusados de ter relações sexuais com uma menor de idade sem consentimento na Suíça. Eles foram condenados, mas não cumpriram a pena por estarem no Brasil. Em 2023, Cuca obteve a anulação do processo por erro no julgamento, mas não houve análise do mérito do caso.
O caso de Cuca levanta questões importantes sobre a violência sexual, a justiça e o papel dos homens na sociedade. É importante que o debate continue para que possamos construir uma sociedade mais justa e igualitária. A começar, pelo universo do futebol.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.