Com a aprovação do Projeto de Lei (PL) que regulamenta as apostas esportivas online, o mercado de apostas promete crescer ainda mais do que tem crescido. Porém, não são apenas as casas de apostas que vão lucrar com isso.
Com o crescimento do setor de apostas, a demanda por empresas especializadas em meios de pagamento também cresce, prometendo ser um dos nichos que mais vai se beneficiar com a aprovação iminente do PL.
É o que afirma a repórter Karina Souza, em reportagem publicada no Exame, amparada no próprio PL, que prevê que as empresas especializadas em apostas atuando no Brasil contratem “entidade brasileira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil”.
Um mercado em expansão
De acordo com Pedro Simões, advogado do Veirano Advogados, esta brecha no PL pode estimular a chegada de empresas especializadas em meios de pagamento:
“Essa exigência deve trazer entidades reguladas tradicionais para esse meio e abre espaço para que operadores especializados nesse meio busquem a autorização do Banco Central para funcionar”, esclarece Pedro Simões.
Ainda de acordo com Pedro Simões, o próprio tamanho do mercado de apostas, com sua necessidade de operadores para o pagamento, irá impulsionar o crescimento do setor:
“O mercado é enorme. Mais de 130 empresas de apostas estão na fila para a autorização para operar no Brasil e vão precisar de um operador de meios de pagamento local”, conclui o advogado.
Pay4Fun: um case de sucesso no mercado brasileiro
Juntamente com Anspace e Octo, a Pay4Fun é uma das principais empresas do mercado dos meios de pagamento do Brasil. Atuando desde 2018, a companhia cresceu num cenário sem regulação, o que afastava as grandes empresas do ramo.
Com autorização do Banco Central para atuar como instituição de pagamento, o faturamento da empresa aumentou de R$ 50 milhões em 2022 para R$ 65 milhões apenas no primeiro semestre de 2023.
“Estimamos que o mercado movimente de R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões por mês, o que nos dá muito espaço para crescer”, informa Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun.
Como funciona a concorrência
Ainda de acordo com o CEO da Pay4Fun, a concorrência da empresa é composta, majoritariamente, por empresas que fornecem um tipo de serviço mais precário; e que sobrevivem a partir de artimanhas, como fechar as portas e abrir outra empresa, para continuarem no mercado:
“Nossos maiores competidores são empresas de fundo de quintal que abrem um CNPJ, contratam um PIX de Banking as a service e oferecem esse serviço às empresas a um preço ridiculamente baixo, sem nenhum tipo de controle do Banco Central”, diz Baptista.
Benefícios do PL para o consumidor
Em contraste com essas empresas, que agem à margem do controle estatal, empresas como Pay4Fun investem mais em segurança. Um exemplo é impedir que pagamentos gerados em QR Codes sejam efetivados em um nome e pago por um terceiro.
Outro exemplo é impedir que o prêmio conquistado por uma pessoa vá para a conta de alguém que não seja o apostador vitorioso. Sobre esse ponto, Leonardo Baptista acha que o PL trouxe um grande avanço para a segurança dos apostadores:
“O projeto de lei trouxe um ponto fantástico. Só de exigir que o prestador de serviço de meios de pagamento tenha que ser autorizado pelo Banco Central, já é possível cortar todos os players que não têm nenhum tipo de régua de compliance, em um mercado de alto risco”, afirma
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.