O ex-campeão dos pesos-médios, Robert Whittaker falou recentemente sobre o que ele acha da luta principal do UFC 295 entre Alex Poatan e Jiri Prochazka, válida pelo cinturão dos meio-pesados. Veja em detalhes a análise do lutador canadense.
“Alex Pereira é um dos melhores strikers do UFC no momento, muito técnico, porém… Como eles vão se enfrentar? Você pode dizer que Alex vai encontrar seu alvo e acertar o queixo de Jiri. Jiri é muito atingível e mantém as mãos baixas. Você poderia dizer isso, ou poderia dizer que Jiri, com seu estilo pouco ortodoxo, vai lançar algo que Alex não vai ver e também será nocauteado, porque Jiri também tem muitas vitórias por nocaute. Dois caras enormes. Ambos têm alcance. Isso é o que torna o MMA tão emocionante. Poderíamos ver algo completamente diferente e Jiri partir para uma queda dupla. Você não sabe. Eu não sei, mas estou muito interessado… Não sei como ler essa luta”, disse
A luta entre Jiri Prochazka e Glover Teixeira
Ao falar da do próximo sábado, é impossível não lembrar da luta entre Jiri Prochazka e Glover Teixeira. Como todos sabem, Glover é amigo íntimo e mentor de Poatan. Além disso, Glover foi o último adversário do lutador tcheco, que passou um longo período longe do octógono devido a uma complicada lesão no ombro.
“Felizmente, eu estava literalmente do lado do ringue naquela luta, e Jiri parecia estar em águas profundas com alguns daqueles golpes que ele estava recebendo de Glover. Mas ele simplesmente não desistiu, simplesmente não desistiu e sempre estava lutando de forma pouco ortodoxa”, disse o canadense.
Para quem não lembra, o duelo entre Glover e Prochazka foi cheio de alternâncias. Apesar de certo equilíbrio, o brasileiro estava ganhando devido ao seu afiado jogo de luta agarrada. Porém, o samurai tcheco não desistiu até, literalmente, o último minuto, quando conseguiu um estrangulamento faltando segundos para o fim do combate.
“Naquela luta contra Glover, ele [Prochazka] recebeu alguns golpes insanos. Muitas vezes, eu estava ao lado do ringue e olhando, eu tinha certeza de que Jiri estava morto em pé. Ele recebeu golpes fortes, mas suas mãos estavam baixas, mãos nos bolsos. O cara se movimentava fazendo o seu estilo. Ele nunca desistiu e ainda encontrou uma maneira de vencer”, afirmou.
Método na loucura
Whittaker falou bastante sobre o estilo não ortodoxo de Prochazka. Ele observou que, apesar de ter um estilo de luta meio suicida, o tcheco sempre consegue dar a volta por cima.
“Jiri tem uma habilidade incrível de encontrar a vitória nessas lutas. Nessas lutas mais difíceis, mas também em outras lutas. Ele parece estar em desvantagem, [mas] ele encontra as vitórias. Você viu isso com Dominick Reyes. Ele encontra as vitórias. Reyes é um striker muito bom. Você viu a forma como ele lutou contra Jon Jones, mas Jiri sempre encontra um jeito de vencer. Ele tem um estilo de golpes tão pouco ortodoxo que ele consegue ver os golpes mortais e vai atrás deles instintivamente”, afirmou.
Para ex-campeão dos pesos-médios do UFC, o lutador da Tchéquia tem uma efetividade por trás do caos.
“25 vitórias por nocaute. Isso não é coincidência. Há um método em sua loucura. Acho que essa é a maior questão”, refletiu.
Quem vence?
Todo palpite envolve uma margem de risco, ainda quando estamos falando de um lutador tão imprevisível quanto Jiri Prochazka. No entanto, Whittaker não se fez de rogado e revelou quem ele acha que vai vencer essa luta.
“A aposta segura teria que ser Alex Pereira, porque você pode fazer uma conta básica, se Glover conseguiu acertá-lo, Pereira também conseguirá. Mas, isso dito, Jiri tem um talento incrível para buscar a vitória, encontrando-a em situações difíceis, em lutas em que está em desvantagem. Eu gosto de Alex Pereira, nada pessoal, mas minha dica é que Jiri vai vencer”, concluiu.
Claro que os brasileiros esperam que o lutador canadense esteja errado em seus prognósticos e que Poatan se sagre vencedor, conquistando, assim, o seu segundo cinturão na organização. No entanto, o verdadeiro vencedor nós só saberemos quem ganhará no sábado que vem (11/11). Nesse mar de incertezas, uma coisa é certa: vai ser um lutão.
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Mateus Taz sempre sonhou em ser jogador, mas descobriu no Jornalismo Desportivo seu grande dom. Tem 40 anos, pai de família e já correu na Maratona São Silvestre. Estudou produção cultural na Universidade Federal da Bahia e colabora em um projeto de Letramento para crianças carentes da periferia de Salvador. É fã do Bahia, mas gosta mesmo é de acompanhar os jogos das Ligas Internacionais. Erling Haaland, o Terminator, é seu ídolo.
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