Após a derrota para o Fluminense na final da Libertadores, o técnico Jorge Almirón decidiu não continuar no comando da equipe azul e ouro.
Jorge Almirón se afastou e não vai mais treinar o Boca Juniors. Após a dura derrota na final da Copa Libertadores contra o Fluminense e um clima tenso no vestiário, o treinador informou Juan Román Riquelme de sua decisão de abandonar o cargo. Na segunda-feira de manhã, despediu-se da equipe durante o treino em Ezeiza.
“A nossa instituição agradece os serviços prestados por todos eles e deseja-lhes os maiores êxitos para o futuro”, escreveram do Boca.
A demissão ocorreu após uma breve reunião entre Almirón e Riquelme com o elenco. O vice-presidente ofereceu seu apoio para encerrar o ano da melhor maneira possível após a amarga derrota. No final, Jorge pediu alguns momentos a sós com o ídolo boquense e informou-o que estaria deixando o clube.
Na fila do CAD Único
Sem mais comentários, Román aceitou a demissão e foi confirmado que Mariano Herrón, treinador da equipe de reservas, assumirá interinamente o cargo. Herrón foi anteriormente responsável pela equipe principal quando o clube decidiu deixar de contar com Hugo Ibarra. Dirigiu quatro jogos até à chegada de Almirón, em meados de abril.
O que disse Riquelme na conversa com o elenco e a equipe técnica antes do anúncio de Almirón? O “10” agradeceu à equipe por ter chegado à final do torneio mais importante das Américas e revitalizar a ilusão dos torcedores do Boca. Sublinhou ainda o fato de ser “vergonhoso” a posição do clube no torneio local e a necessidade de ganhar os jogos restantes, juntamente com a exigência de vencer a Copa Argentina.
Foram os problemas no vestiário que motivaram a demissão?
A tensão no vestiário do Boca após o apito final de Wilmar Roldan era evidente. Segundo informações da TyC Sports, os jogadores partiram para cima de Almirón pela abordagem com que o Boca entrou em campo, especialmente no primeiro tempo. Além disso, culparam-no pelas mudanças inesperadas feitas durante o segundo tempo e a prorrogação.
Prova disso foi a insatisfação de Nicolás Figal quando foi substituído por Bruno Valdez perto do final da prorrogação. As câmeras oficiais de transmissão captaram o momento e expuseram nos ecrãs de todo o mundo a frustração do defensor argentino, que se dirigiu para o banco de reservas enquanto proferia a frase “Não acredito”.
O calor e os desentendimentos no Maracanã, de acordo com relatórios internos, tinham como objetivo uma ruptura na relação entre os jogadores e o treinador. Esta situação levou Almirón a tomar a decisão final de comunicar a Riquelme sua saída da equipe.
Resumo do Ciclo de Jorge Almirón no Boca Juniors
Durante sua passagem pelo Boca, Jorge Almirón treinou 42 partidas, nas quais teve uma eficácia de 50%, com 17 vitórias, 12 empates e 13 derrotas desde a sua estreia contra o San Lorenzo, a 12 de abril.
No entanto, o principal desafio está nos jogos disputados longe de La Bombonera, onde marcou 36% dos pontos em 23 jogos, com apenas seis vitórias, sete empates e 10 derrotas.
Além da decepcionante derrota na final da Taça Libertadores da América, os torcedores do Boca criticam Jorge Almirón por ter perdido os dois Superclássicos em 2023. O primeiro 1-0 no Monumental com um gol do colombiano Miguel Borja, de pênalti, na Liga Profissional. A segunda foi uma vitória por 2-0 em La Bombonera, com gols do venezuelano Salomón Rondón e Enzo Díaz na Taça da Liga. Isto aconteceu antes do confronto com o Palmeiras nas meias-finais da competição continental.
Com isso, o treinador, de 52 anos, encerra sua passagem pelo clube, a 13ª equipe de sua carreira como treinador, e continua a ser um agente livre, enquanto aguarda o interesse de outro clube em adquirir seus serviços.
Todos os clubes que Jorge Almirón treinou
- Dorados de Sinaloa, México (2008 – 2009)
- Defensa y Justicia, Argentina (2009 – 2010 e 2012 – 2013)
- Tiburones Rojos, México (2010)
- Correcaminos, México (2010 – 2011)
- Xolos de Tijuana, México (2013)
- Godoy Cruz, Argentina (2014)
- Independiente de Avellaneda, Argentina (2014 – 2015)
- Lanús, Argentina (2016 – 2017 e 2022)
- Atlético Nacional, Colômbia (2018)
- San Lorenzo, Argentina (2018 – 2019)
- Al-Shabab, Arábia Saudita (2019)
- Elche CF, Espanha (2020 – 2021)
- Boca Juniors, Argentina (2023)
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.