O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tomou uma decisão nesta segunda-feira (27/11) que reverbera no mundo do futebol. Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, teve seu pedido de indenização por danos morais negado em relação ao jornalista Mauro Cezar Pereira.
Não é a primeira vez que Abel Ferreira se envolve em disputas judiciais com jornalistas. Anteriormente, o treinador português venceu um processo semelhante contra o jornalista Luiz Augusto Simon, do UOL, que também o acusou de pretender “domesticar e colonizar” jogadores brasileiros.
Polêmica que levou Abel Ferreira aos tribunais
A disputa judicial teve início quando Mauro Cezar Pereira, durante uma análise na Rádio Jovem Pan, qualificou Abel Ferreira como “colonizador”. Esse rótulo surgiu após o treinador palmeirense expressar sua opinião, em julho de 2022, sobre a formação de jogadores brasileiros, mencionando que, mentalmente, eles têm muito a evoluir, especialmente em aspectos educacionais e de formação como homens.
“De longe, [os jogadores brasileiros] são os melhores que eu já joguei, mas mentalmente têm muito que evoluir, a nível de educação, a nível de formação enquanto homens. Eles não têm essa formação. Eles, às vezes, não têm noção do que estão a fazer, não tem noção nenhuma e apostar na formação é isto”, disse Abel em julho de 2022.
“Papo de colonizador”
Ao repercutir essa fala, o jornalista Mauro Cézar a classificou como “papo de colonizador”, destacando que ela perpetua um estereótipo do brasileiro como desordeiro e do europeu como um ser civilizado e disciplinado, o que não se confirma com o confronto com a realidade.
“Então europeu não bebe, não faz bobagem, é todo mundo disciplinado. Eu não gosto quando os portugueses vêm para cá com esse papo furado. Abel fala em tom professoral, como se estivesse ensinando para nós brasileiros como a gente deve se comportar. Não, não é assim”, disse Mauro Cézar.
Abel buscou uma indenização de R$ 50 mil, alegando injúria e conotação xenofóbica nas palavras do jornalista.
Cala boca já morreu
O embate com Mauro Cezar Pereira, segundo a defesa do jornalista, representa uma tentativa de silenciamento, sendo parte de um padrão de comportamento por parte do treinador, que já teria sido “deselegante e agressivo com jornalistas” em outras ocasiões, conforme alega Mauro Cezar em sua defesa.
Além da negação do pedido de indenização, a decisão do TJ-SP impõe a Abel Ferreira o pagamento de R$ 10 mil em honorários advocatícios, sendo R$ 5 mil destinados aos advogados de Mauro Cezar Pereira e R$ 5 mil à equipe jurídica da Rádio Jovem Pan. Apesar da decisão desfavorável, Abel pretende recorrer da sentença.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.
Se o Abel não fosse um branco europeu, esse Mauro Cezar tava preso, crucificado, linchado e queimado.
Tinha que ser mulambo p destilar tanta inveja.. chora cheirinho