A escolha de Fernando Diniz como técnico interino da Seleção Brasileira pelo período de um ano continua dando o que falar. Desagradou a praticamente todo mundo que gosta e entende de futebol. Vale lembrar que a decisão é uma medida paliativa, a qual busca manter garantida a vaga do tão sonhado Carlo Ancelotti, o qual já avisou que permanece no Real Madrid até meados de 2024, período no qual findará o seu contrato. Galvão Bueno, que segue ativo nas redes sociais após a aposentadoria, botou a boca no trombone, agora que não possui mais amarras contratuais com a TV aberta.
Errou feio, errou rude
Para Galvão, Fernando Diniz é bom e digno de elogios, mas sua linha de trabalho seria completamente diferente da de Ancelotti, não fazendo qualquer sentido combiná-las:
“É mais um erro. O Fernando Diniz é um técnico autoral. Ele tem o jeito dele, próprio, de jogar futebol. Além da posse de bola, além do ‘tique taque’, os jogadores giram, mudam de posição. Ele é autoral. Ele tem um jeito de jogar futebol e o jeito que ele pensa futebol não tem nada a ver com o jeito que o Ancelotti pensa futebol. Nada”, disse o antigo número 1 da Globo.
Em seguida, GB prosseguiu:
“Eu fico aqui imaginando, quem é que está pensando na CBF para tomar essas atitudes? Como puderam pensar para chegar nessa decisão? Como colocaram um técnico interino, por praticamente um ano, que pensa e joga futebol de um jeito diferente do outro que chega daqui um ano para fazer o ciclo até a Copa do Mundo. Não consigo entender. Não dá para entender. Aquilo que começa errado, termina errado”, explicou o narrador através das suas redes sociais.
Divisão de Trabalho
O que não casa, na perspectiva de Galvão, é a forma de trabalhar de Diniz, a qual seria completamente diferente do modo com o qual Ancelotti costuma trabalhar. Para ele, apostar em coisas tão diferentes significa investir em um atraso no aspecto da evolução da equipe, que pode ter consequências avassaladoras num futuro competitivo.
A conduta da CBF como um todo, na verdade, tem desagradado os especialistas em futebol. Deixar uma equipe como a Seleção Brasileira “de molho”, à disposição de um profissional que ainda possui vínculos empregatícios com outra instituição, seria um erro crasso. Vale lembrar que o período é decisivo: estamos no ‘esquenta’ para a Copa do Mundo, momento no qual os times precisam dar a largada de maneira satisfatória e concisa.
Vale lembrar que Diniz não está inteiramente disponível: o profissional possui vínculo com o Fluminense, e deverá mantê-lo assim. Dessa forma, irá precisar conciliar as duas funções simultaneamente. Sim, treinar a Seleção Brasileira vai ser um bico para Fernando Diniz.
‘Tô nem aí’
Contrariando as impressões gerais, a CBF segue firme em sua decisão, certos de que essa é uma aposta segura. Para Ednaldo Rodrigues, presidente da instituição, Diniz teria uma forma parecida, sim, com a de Ancelotti trabalhar. As táticas as quais costuma usar, a experiência com clubes de mesmo porte, e a proposta de jogo, na visão de Rodrigues, seriam suficientes para considerá-lo um bom substituto. Será mesmo?
A coletiva de imprensa que apresentou Fernando Diniz como técnico interino da Seleção Canarinho aconteceu ontem, 05 de julho, na sede da CBF.
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E pra você, a opinião de Galvão Bueno:
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.