O Fantástico, em matéria intitulada “Jogo Sujo”, divulgou detalhes da operação Penalidade Máxima, instaurada pelo Ministério Público de Goiás. Os casos de manipulação de resultados em jogos de futebol não param de pipocar em diversos estados do país. Entre os envolvidos na máfia das apostas, estão jogadores de clubes das Séries A e B do Brasileirão do ano passado. Campeonatos estaduais deste ano também estão sendo investigados.
O primeiro escândalo a estourar na mídia foi o da partida Sport x Vila Nova. Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova, foi quem denunciou o esquema às autoridades goianas. O dirigente foi contatado pelos organizadores da fraude, uma vez que o combinado não foi cumprido: fazer pênalti no primeiro tempo do jogo. O atleta ‘escalado’, Romário, de 20 anos, recebeu R$ 10 mil antecipados para cometer a falta (receberia R$ 140 mil após cumprir o combinado), mas não teve sorte em sua tarefa e deixou a quadrilha especializada em manipulação de apostas irritada: Romarinho não jogou.
“Só se descobre quando dá errado. Vem o burburinho e aí você pesca. Tentou-se fazer em um jogo do Vila uma ação individual. Um jogador do Vila deveria fazer um pênalti, o que não aconteceu”, disse Bravo à época.
Entenda o caso que deu início à operação
Os promotores do MP de Goiás informaram que o grupo criminoso era comandado por Bruno Lopez, que se intitulava “empresário” de jogadores. Conforme a reportagem do Fantástico destaca, os suspeitos atuavam como apostadores, cooptando jogadores para burlar os jogos em que participariam e realizar palpites nos sites de apostas, e como financiadores, efetuando pagamentos altos aos recrutados.
A partir de então, o MP deu início às investigações de outros jogos da mesma rodada da Série B do Brasileirão, e novas descobertas foram sendo feitas. Até agora, jogadores do alto escalão do Campeonato Brasileiro estão na mira das autoridades, segundo a Band:
Durante a Fase I da operação, Romarinho (ex-Vila Nova), Joseph (ex-Tombense), Mateusinho (Cuiabá), Gabriel Domingos (ex-Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Luiz (Ituano), Ygor Catatau (atual Sepahan, do Irã) e Paulo Sério (Operário-PR) foram acusados.
Na Fase II, os jogadores descobertos foram Eduardo Bauermann (ex-Santos), Fernando Neto (São Bernardo), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Matheus Gomes (Sergipe), Paulo Miranda e Gabriel Total (Ypiranga-RS).
Os jogadores Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Moraes (Juventude), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Jarro Pedroso (ex-Inter de Santa Maria), fizeram acordo com a Justiça para evitar penas severas. Jogadores do Coritiba, do Fluminense, do Cruzeiro e do Athletico foram afastados de seus clubes, enquanto outros foram desligados.
A iminência da regulamentação das apostas esportivas no Brasil põe um radar na cabeça do futebol nacional, gerando desconfiança de apostadores e, claro, de torcedores. Será que a regulamentação do mercado será capaz de prevenir e punir os criminosos da máfia de apostas no Brasil?
Aposte nas melhores casas de apostas esta 06 de Junho 2023
Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.