ALGUNS CLIQUES DO STREAMING
O texto trabalhará com três perspectivas, o Paulistão Play, o Carioca na MyCujoo e a crise do DAZN. E de antemão, a motivação dos escritos é, todo jogo precisa ser pago pelo torcedor?
A primeira perspectiva vem de São Paulo. Na última sexta-feira, 22, a Federação Paulista de Futebol lançou o PAULISTÃO PLAY. O serviço on-line estará disponível a partir da seguinte quinzena de fevereiro por meio das plataformas Android, iOS e website. A ideia é transmitir nela competições não comercializadas com exclusividade como , a Copa São Paulo, o estadual feminino e o Sub-20. Com este novo canal a FPF espera gerar uma nova linha de receita para si e para os clubes.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
A segunda perspectiva é o carioca. Ainda sem direitos confirmados do Carioca para a temporada 21, que já teve alguns jogos da fase preliminar mostrados pelo YouTube. Porém, a partir do sábado, 23, os jogos são exibidos pela plataforma MyCujoo, em pay-per-view a um custo de R$4,99 por partida, ou 24 jogos por R$40,00, envolvendo América, Americano, Cabofriense, Friburguense, Nova Iguaçu e Sampaio Corrêa. Lembrando que a MyCujoo, em novembro passado foi adquirida pela empresa portuguesa Eleven Sports, que pretende relançar a plataforma em 2021.
A terceira perspectiva são os números da DAZN. Após registrar dos anos de crescimento, 2018 e 2019, o ano de 2020 foi terrível e impôs uma mudança de perspectiva ao serviço de streaming. Mesmo com a queda do valor mensal do serviço, o portfólio foi reduzido. Ainda não se sabe o tamanho do atual buraco da plataforma. Além destes problemas, todos os serviços padecem duramente com a pirataria de sinal. Pelo menos valor da DAZN é possível receber sinal pirata de centenas de canais brasileiro e outros, mundo a fora. Parece que o consumir não está preocupado com os riscos de um sistema pirata. Depois de uma busca rápida no Google, a coluna começou a receber inúmeros anunciantes, e todos que contatamos, oferecem DAZN no pacote.
Usando algo do senso comum diria, “não há almoço grátis”. Se servido, alguém pagou. A coluna, há tempos mostra-se contrária a qualquer forma de pirataria, o classificamos como roubo de propriedade, seja o sinal, ou a propriedade intelectual envolvida. Mas isso não significa que o torcedor deva pagar por todo e qualquer jogo. Fechar as transmissões de competições menores, ou de pequenos clubes em pay-per-view significa despopularizar o surgimento de novos torcedores e limitar o acesso aqueles que já existem. Qual o ganho de um América x Sampaio Corrêa, pago? Ou forçar pagamento para ver um paulistão feminino? A geração de receitas é necessária, mas há um limite a ser observado, entre o espetáculo e o lucro. A atração é maior que lucro. Parece que a crise do DAZN mostrou isso…
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.