A Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro vai permitir que os clubes mandantes das partidas possam negociar os direitos de transmissão, seja com emissoras ou até mesmo veiculando os jogos pelos próprios canais nas redes sociais.
Segundo o presidente do Atlético/MG, Sergio Sette Câmara, em entrevista ao Estado de Minas e ao Superesportes, a medida ainda está em fase inicial e corre risco de ser anulada.
“Politicamente falando, hoje existe uma rusga entre o executivo e o legislativo brasileiro. A chance dessa MP não vingar no Congresso, não vingar por questão política é grande, mas vamos ver como isso vai caminhar”.
O presidennte do Atlético entende que o futebol deve ter um equilíbrio entre os clubes grandes e pequenos para minimizar a mudança na questão dos direitos de transmissão: “A medida provisória pegou a maioria dos clubes de surpresa. Foi um trabalho feito praticamente pelo Flamengo, que foi lá fazer valer seus interesses. Claro que isso tem uma repercussão muito maior para clubes grandes, como o Flamengo e o Atlético, mas prejudica muito os clubes pequenos. Como integrante do Conselho Nacional dos Clubes (CNC), temos que olhar as coisas para o viés do Atlético e também para o viés do futebol. Afinal de contas, minha representação na CNC não é defender os interesses do Atlético e sim dos clubes”.
“E aí você tem clubes grandes como o Atlético e clubes pequenos também que podem ser prejudicados com essa Medida Provisória. Não posso avaliar assim de plano, mas acredito em repercussão maior a médio e longo prazo. Os contratos (com a Globo) estão em vigor até 2023 e acredito que nada vai mudar. É algo que pode acontecer a médio prazo”, completa o presidente.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.