“Hoje, a TV é que centraliza a negociação”, diz presidente do Bahia sobre MP dos direitos de transmissão

Henrique Neves

Atualizado :

Em entrevista ao colunista Rodrigo Mattos, no UOL Esporte, O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, disse que as novas regras impostas pela Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, quantos aos direitos de transmissão de eventos esportivos, vão estimular a formação de blocos de clubes que poderiam ter um poder de barganha maior do que times individualmente.

“Se um clube que reúne com outro e forma um bloco de 10 clubes, só teria 80 jogos. Agora, teria 190 jogos. Sai de 80 jogos para 190 jogos. Antes, esse jogo não estava em lugar nenhum. Torcedor perde com isso. E o bolo econômico diminui”, disse.

Para o cartola a MP melhora a situação atual porque estimula a formação de bloco. “Não tem vantagem de formar bloco nas condições antigas. Não vi tese consistente de que vai estimular negociação individual. Hoje, a emissora de TV que centraliza a negociação. Só uma emissora que consegue se comunicar com os 20 clubes. Veja se a Turner parece comercialmente satisfeita com o pacote que comprou. É completamente falsa a ideia de que há um estímulo de conversar em grupo na legislação atual”, pontuou.

Bellintani entende que o pay-per-view pode morrer com as novas regras da MP. “Pode morrer. Ele já está em declínio. Para mim, como Bahia, ele já morreu. Antes, faturaria R$ 20 milhões com ppv, hoje ele vale R$ 8 milhões”.

Questionado se valeria mais a pena ter um streaming do Bahia, ele foi claro. “Ou streaming do Bahia ou de todos os clubes que não precisasse repassar 62% para a emissora. A Globo hoje fica com 62% do ppv. A maioria dos clubes divide 35% que é distribuído para todos os clubes. Por que do total da arrecadação, 62% vão para a Globo e outros 13% para Flamengo e Corinthians [NR: mínimo garantido é de R$ 120 milhões para o Flamengo]. Eu conseguiria mais receita com um streaming”, finalizou.


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