Coluna do Professor #236, por Albio Melchioretto

Henrique Neves

Atualizado :



OS PERIGOS DA TROLLAGEM

Acredito que o leitor mais jovem do Esporteemidia.com seja um nativo digital. Minha geração é conhecida como migrante digital. Aquela que fez uma faculdade sem Google, que usou Enciclopédias, que fez curso de datilografia como diferencial para entrar no mundo do trabalho e também foi correndo a um laboratório revelar fotos de um rolo de filme negativo. É inegável que a popularização do ciberespaço trouxe inúmeras mudanças comportamentais. Uma delas é o acesso à notícia via mídia digital virtual.

Com o acesso facilitado, veio consigo outra situação. Não apenas o acesso às notícias, mas também a fonte da notícia: o jornalista, o colunista, o comentarista, o narrador e tantos outros personagens da notícia. É muito fácil você mandar uma mensagem a qualquer um. Poderíamos considerar esta facilidade como um grande avanço. Como também é possível discutir e trocar ideias com inúmeros profissionais. Quando publiquei meu primeiro artigo científico falando das possibilidades propositivas da rede, cometi um grande equívoco. Enalteci o uso benéfico da rede como se fosse uma grande praça virtual para o debate e para a divulgação de alter-saber, e esqueci da ação troll.

O profissional da imprensa, ao responder o usuário do ciberespaço, precisa considerar duas situações. Primeiro, ele é um profissional ligado a um empregador e segundo, é uma figura pública. Dito isto, quero denunciar a impertinência de alguns espectadores, que fazem do acesso facilitado ao profissional, um momento único de trollagem. Há exageros gritantes. Vide a perseguição política que alguns sofrem, e aqui aproximo os perfis de Antero Grego, Flávio Gomes, Sílvio Luís e André Rizek. Outros que são xingados livremente por qualquer opinião.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio

A independer da opinião, minha crítica não é a discordância, ela nos faz crescer, mas a forma mal educada que nos dirigimos a tais figuras. Falta escrúpulos ao disseminar ódio, ao atacar a persona, ao desqualificar sua opinião. Em tempos de acesso facilitado, diante da discórdia seria mais elegante, construir um espaço, um canal de vídeos, uma página, tantas possibilidades, para então, no espaço chamado de “seu”, defender uma ideia diferente. Precisamos discutir ideias e não atacar pessoas escondidos atrás de um perfil.

Alguns profissionais, dão um exemplo fantástico da relação amável e educada com o espectador e com o fã. Vide os exemplos de Fabíola Andrade no Instagram, Ana Thais, no Twitter, o Marcelo do Ó e Leandro Mamutte conversando, só para citar apenas alguns.

Onde quero chegar com esta reflexão? Evidenciar que o ciberespaço nos aproxima, mas a trollagem distância, causa fechamento e elege Ondej Kúdela melhor do jogo, mesmo sem nada ter feito para merecer. Brincadeira, mas revela um perfil, no mínimo, deselegante ao escolhê-lo.



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