A notícia divulgada essa semana pelo site UOL, repercutida aqui no Esporte e Mídia, sobre a falta de negociação de parte dos Campeonatos Estaduais de algumas regiões, em meio a todas as fofocas sobre a Liga Sul-Minas-Rio, abrem um panorama interessante que deveria ser observado pelos clubes e também pela emissora carioca.
A Rede Globo, atual dona dos direitos, tenta vender os Estaduais com base na rivalidade clubista, fomentando jogos inócuos, na esperança de que a emoção ocorra nos clássicos ou na fase final. É um direito seu, claro. Mas entendo que o produto poderia e deveria ser melhor trabalhado.
A negociação do Campeonato Paulista e seus altos valores farão com que forçosamente isso aconteça. Todos vão querer ganhar mais. A diferença sempre esteve na qualidade do espetáculo. Os times do interior paulista são mais fortes que os times de menor expressão dos demais estados, o que gera um produto mais interessante e de maior apelo.
Como reproduzir isso em outros Estados?
Num passado não muito distante, o Rio de Janeiro teve jogos com público esgotado por ter sido abraçado pelo Jornal Extra, numa promoção em que a compra do jornal dava ingressos. Sair da letargia e a mudança no hábito do torcedor, criou uma procura que foi correspondida com atratividade e audiência.
Alguns falam que a mudança de emissora poderia ser benéfica, com o produto “Campeonato” sendo melhor tratado e aparecendo com mais destaque na programação. É uma conjectura interessante, mas já acompanho esse mundo há tempo suficiente para saber da covardia dos clubes e de seus presidentes na hora de negociar com a Rede Globo. Há um medo contumaz e tudo o que fazem é uma chantagem para aumentar a cota de participação.
Considerando que os Campeonatos Estaduais serão o principal produto do primeiro trimestre, a Emissora enquanto patrocinadora deveria diversificar. Os jogos matinais do Brasileirão provaram-se um sucesso aos domingos e poderiam acontecer também aos sábados, não só pela manhã, como também a tarde. Alguns falarão sobre o calor inclemente, mas ele não atinge todos os Estados e a diversificação de horários poderia ser o pulo do gato.
Interessar-se mais pelo seu produto que pode ser carro-chefe e menos por novelas ou programas de auditório, poderia ajuda-la em duas frentes: Um campeonato interessante para o público e por consequência para os clubes, que seriam pressionados por seus torcedores.
Abraços e até a próxima.
Alipio Jr. – colunista do esporteemidia.com
@alipiojr
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.