Ao longo do primeiro tempo, com o domínio do Brasil sobre os Estados Unidos, Galvão foi responsável por poucos comentários curiosos. Após falar da segunda divisão do Campeonato Italiano, na qual Torino e Pescara conseguiram o acesso, manteve o foco no jogo e foi discreto.
No intervalo, apesar de um “toco y me voy” um tanto quanto fora de contexto, o narrador mais conhecido do Brasil foi cauteloso. Perguntado sobre a atuação de Oscar com a camisa 10, preferiu não relacionar o jogador do Internacional à história do número na Seleção, apenas lembrando que nomes como Pelé e Rivelino já a vestiram.
Mas no segundo tempo, o narrador se soltou mais. Aos 15min, após falta de Jones sobre Neymar, Galvão mostrou carinho pelo camisa 11 do Santos. “Ele nem está fazendo uma partida estupenda, mas está apanhando bastante”, disse, aconselhando o atacante brasileiro. “Ele vai ter que se acostumar com isso. Vai apanhar muito nessa carreira dele, vai ter que ter muita cabeça e muita calma”, completou.
Na sequência do lance, o locutor global não deixou passar a chance de comentar a atuação do árbitro costarriquenho Jeffrey Calderón no lance, criticando-o por dar apenas cartão amarelo. “Talvez seja muito jogo para pouco árbitro”, analisou Galvão, pedindo uma análise mais profunda do ex-árbitro Arnaldo César Coelho, seu comentarista – e que só aconteceu mais de 20 minutos depois, mediante insistência.
Quando Alexandre Pato, recuperado de contusão, se esticou para tentar fazer o que seria o quarto gol do Brasil, Galvão apontou seu diagnóstico. “Se ele esticou assim, é porque está curado”, exagerou.
Por volta dos 35 minutos, Neymar foi ao chão em jogada individual. “Foi falta não, Arnaldo?”, questionou Galvão. “Foi falta, mas prendeu a bola demais”, analisou o ex-árbitro. “E daí? Se foi falta…”, rebateu Galvão, que insistiu na tese de “muito jogo para pouco árbitro” e finalmente foi atendido por Arnaldo César Coelho – este, concordou.
Aos 39 minutos, após três boas defesas de Rafael, uma bola dos Estados Unidos no travessão resultou em um “ih, a trave ajudou”. Nos minutos finais, Galvão ainda apresentou falhas na voz, com direito a rouquidão e até mesmo um pigarro nos acréscimos. Mesmo assim, segurou firme a narração até o “er-r-r-r-r-r-rgue o braço” aos 48 minutos.
No vídeo abaixo, acompanhe a curiosa narração para o gol de Alexandre Pato. Ele juntou as palavras Maranhão e gol.
Aposta nas melhores casas de apostas do dia 27 de Março 2025
Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.