As casas de apostas chegaram e mudaram as regras do jogo no futebol brasileiro. Hoje, cerca de 80% dos clubes das Séries A e B já têm o nome de uma empresa do setor estampado nas camisas. Mas por que isso aconteceu de forma tão rápida e intensa? Quem acompanha o futebol viu esse cenário mudar drasticamente nos últimos dois anos.
Palmeiras, Cuiabá e Guarani são as poucas exceções, mas mesmo o Palmeiras já está com negociações avançadas com a Sportingbet, o que só reforça a tendência: as apostas se consolidaram como os grandes patrocinadores do futebol nacional.
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Os contratos são de peso. Flamengo e Corinthians lideram, com valores milionários pagos por empresas como Pixbet e Esportes da Sorte. Flamengo leva R$ 117 milhões, e Corinthians, R$ 103 milhões – cifras que poucos setores conseguem bancar no futebol brasileiro.
Essa injeção de dinheiro não é só para figurar nos uniformes; esses patrocínios impulsionam contratações, elevam o nível técnico e transformam o relacionamento com a torcida. Vinicius Nogueira, CEO da BETesporte, afirma que essa parceria vai além do marketing:
“Engaja os torcedores e melhora o desempenho dos clubes.”
Mas e o impacto disso no longo prazo? Será que essa aposta frenética é sustentável?
E o futuro dos patrocínios?
Nem todos olham para esse movimento com tanto entusiasmo. Amir Somoggi, da consultoria Sports Value, lembra que o futebol depende demais desse setor e falta diversidade nos patrocinadores. Ele cita a NBA no Brasil como exemplo, onde o patrocínio é mais diversificado – lá, marcas como XP e Gatorade dividem espaço com uma ou outra casa de apostas, o famoso Igaming.
Não dá para negar que as casas de apostas trouxeram uma nova era no futebol brasileiro. O setor movimenta uma fortuna e tem o apoio de ex-assessores do Ministério da Fazenda, como José Francisco Manssur, que veem na regulamentação a chave para um mercado equilibrado e sustentável.
Em tempos de incerteza, só fica uma dúvida: o futebol brasileiro está de fato ganhando ou estamos apenas apostando alto demais?
Assista a um vídeo explicando um pouco mais sobre o patrocínio do Igaming no futebol:
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Pedro é baiano de Ilhéus, mas cresceu na capital, Salvador. Estudou Letras, trabalhou como professor e como artista visual por muito tempo, tendo se incorporado ao mundo dos esportes tardiamente. Hoje é um curioso em experimentar diferentes modalidades esportivas, fazendo disso uma grande terapia para a alma.
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