Apostadores no Brasil: quem são e como se comportam em 2024 

Mercado de apostas esportivas deve movimentar até R$ 100 bilhões em 2024, atraindo milhões de brasileiros e gerando novas demandas econômicas e sociais. 

O mercado de apostas esportivas no Brasil vem crescendo rapidamente nos últimos cinco anos, e em 2024, esse setor já movimenta uma parte significativa da economia. Em 2023, o volume de apostas foi estimado entre R$ 60 e R$ 100 bilhões, com um aumento constante desde 2020. A regulamentação oficial, sancionada no final de 2023, estabeleceu regras para o mercado e trouxe mais segurança para o consumidor.  

No entanto, o impacto dessa prática já está presente no orçamento de muitas famílias, especialmente entre as classes de menor poder aquisitivo, que são o principal público desse tipo de entretenimento. O ano de 2024 mostra o enraizamento das apostas esportivas como um hábito de consumo para muitos brasileiros, trazendo desafios para a distribuição da renda familiar e afetando diretamente setores como lazer, vestuário e alimentação

O perfil do apostador brasileiro em 2024 

De acordo com o relatório da PwC, o consumidor das chamadas “bets” no Brasil tem um perfil bem definido: em sua maioria, são homens jovens, com idade entre 18 e 40 anos, e muitos deles possuem uma renda baixa. Mais de 30% da população de classes D e E já fez algum palpite esportivo, e esse número continua crescendo à medida que sua popularidade aumenta. 

O principal motivador para esses consumidores é a expectativa de melhorar a situação financeira. Mas os dados revelam que apenas 23% dos apostadores conseguem ganhar mais do que perdem. Apesar disso, muitos continuam tentando, alimentados pela esperança de uma grande vitória. Esse comportamento pode prejudicar o orçamento familiar, já que os recursos destinados a necessidades essenciais, como alimentação e lazer, acabam sendo usados para apostar. 

Apostas esportivas e jogos eletrônicos 

Outro ponto importante é a conexão entre apostas e games. O relatório PGB 2024 mostra que muitos jogadores de videogame no Brasil também fazem palpites esportivos. Isso é ainda mais evidente com o crescimento dos e-Sports, que atraem uma audiência jovem e engajada. Essas competições de esportes eletrônicos são um dos principais tipos de eventos, geralmente, quem está participando também tentou prever os resultados

O perfil dos jogadores de videogame é parecido com o dos apostadores: homens jovens que jogam em smartphones, consoles ou computadores. Entre os que jogam em celular, 58% são mulheres e 42% são homens, e muitos veem os games como sua principal forma de diversão. Além disso, as empresas de apostas dominam a publicidade esportiva, patrocinando times e eventos, o que aumenta sua visibilidade.  

O impacto no orçamento familiar 

O impacto das apostas no orçamento das famílias de classes mais baixas é grande. Em 2023, esse tipo de gasto já representava 1,38% do seu orçamento, em 2024, esse número pode subir para 5,5% do total investido em alimentação em todo o ano. Isso mostra que uma parcela cada vez maior da renda dessas famílias está sendo direcionada para jogos, comprometendo outros gastos importantes.  

Esse efeito também aparece no lazer e cultura, os palpites tomaram o lugar de atividades como cinema e shows. Hoje, elas representam 36% do investimento em lazer nas classes D e E, e a tendência é que essa participação aumente com o crescimento do mercado. 

O que esperar para o futuro? 

O setor de apostas não para de crescer, e isso não afeta apenas às famílias. Empresas que atuam no mercado de publicidade esportiva, por exemplo, têm se beneficiado desse movimento. Patrocínios no futebol brasileiro têm sido dominados por empresas desse setor, que ocupam grandes espaços publicitários em jogos e programas de televisão e streaming.  

A regulamentação oficial, definida pela Lei nº 14.790/2023, trouxe novas regras, como uma alíquota de 12% sobre o GGR e uma taxa de R$ 30 milhões para obter a licença de operação. Com a regulamentação oficializada e o mercado em crescimento, é provável que o impacto no consumo continue nos próximos anos. O relatório da PwC projeta que, em 2024, o investimento em apostas no Brasil pode chegar a R$ 90 bilhões, representando um aumento de 21% em relação a 2023

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