Senador Irajá Defende Legalização dos Jogos para Combater o Crime Organizado

Durante um seminário organizado pela Editora Globo, o senador Irajá Silvestre, relator do projeto de lei que propõe a legalização dos cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, ressaltou a importância da regulamentação desses jogos para combater o crime organizado. “O que o crime organizado mais deseja é que os jogos e apostas continuem funcionando de forma ilegal”, afirmou Irajá, sublinhando que a clandestinidade beneficia diretamente as atividades ilícitas, permitindo que criminosos se mantenham no controle.

Irajá defendeu que a legalização é essencial não apenas para a segurança pública, mas também para o fortalecimento da economia. A regulamentação abriria caminho para a criação de empregos e aumento da arrecadação fiscal, além de atrair investimentos estrangeiros, especialmente no setor de turismo. O senador fez uma comparação com países vizinhos, como Argentina e Uruguai, onde a legalização dos jogos já é uma realidade e tem gerado benefícios significativos para suas economias.

O senador argumentou que a regulamentação permitiria que empresas sérias operassem no setor, com fiscalização rigorosa do poder público. Isso diminuiria as oportunidades para a corrupção e para o financiamento de atividades criminosas. Ele apontou que o Brasil precisa avançar nessa questão, criando um ambiente seguro e transparente para a operação dos jogos de azar, o que traria mais confiança para investidores e turistas.

Há uma crescente expectativa para que o projeto de lei seja votado ainda em 2024, possivelmente após as eleições municipais de setembro. Irajá enfatizou que “o momento é crucial” para que o Brasil amadureça o debate e decida se quer seguir na contramão de países que já colhem os frutos da legalização.

Apesar do apoio crescente no Senado, ainda há resistências que precisam ser superadas, especialmente por parte daqueles que temem que a legalização possa aumentar os problemas sociais associados ao vício em jogos. No entanto, Irajá refutou esses argumentos, afirmando que “é melhor ter um setor regulamentado e sob controle do que deixar as pessoas à mercê de operadores ilegais, que não têm qualquer compromisso com a segurança e o bem-estar dos jogadores.”

O senador concluiu que a legalização dos jogos de apostas é uma questão de segurança nacional e de desenvolvimento econômico. A regulamentação pode ser a chave para enfraquecer o crime organizado no Brasil e alavancar setores importantes da economia, como turismo e entretenimento. A votação do projeto de lei será um teste importante para o Congresso, que precisará decidir entre manter o status quo ou avançar em direção a um futuro mais seguro e próspero.

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