E o “caso das criptomoedas” não acabou! Scarpa pede bloqueio de R$ 5 milhões da rescisão de Willian Bigode com o Fluminense

Meia do Atlético-MG busca garantir ressarcimento no caso do suposto golpe das criptomoedas

O meia Gustavo Scarpa, atualmente no Atlético-MG, fez um pedido à Justiça nesta quarta-feira (12) para que sejam bloqueados mais de R$ 5 milhões do atacante Willian Bigode, valor referente à rescisão do contrato de Willian com o Fluminense. A solicitação de Scarpa visa assegurar a recuperação de parte do dinheiro perdido no “caso das criptomoedas”.

De acordo com a petição, segundo fonte da ESPN, Willian tem direito a receber R$ 7.209.265,88 do Fluminense pela rescisão do contrato, ocorrida em 18 de janeiro deste ano. 

A defesa de Scarpa argumenta que, desse valor, R$ 2.188.491,18 já devem ser retidos por ordem da 14ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) para compensar o lateral-direito Mayke, do Palmeiras, que também foi vítima no esquema de criptomoedas.

Com isso, restariam R$ 5.020.774,70, quantia que Scarpa pede para ser bloqueada e depositada em uma conta judicial. Esse montante seria destinado a garantir uma possível execução de sentença favorável no futuro. 

Os advogados de Scarpa defendem que essa medida não comprometerá a renda familiar de Willian Bigode, devido ao patrimônio que o atacante acumulou durante sua carreira profissional.

Contexto do caso

O caso se originou quando Scarpa perdeu R$ 6,3 milhões em investimentos na operadora de criptomoedas Xland, recomendada pela empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, que pertence a Willian, sua esposa Loisy, e a sócia Camila Moreira. Mayke, por sua vez, busca recuperar cerca de R$ 8,5 milhões, em valores corrigidos e atualizados.

Na petição, a defesa de Scarpa argumenta que o arresto dos valores não trará riscos de irreversibilidade dos efeitos da decisão judicial. O valor seria liberado apenas ao final do processo, após o trânsito em julgado da sentença condenatória dos réus.

Próximos passos

O pedido de Scarpa será julgado pelo juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível do TJ-SP. Se aprovado, o bloqueio dos valores poderá ajudar a assegurar a recuperação dos prejuízos financeiros sofridos pelos atletas envolvidos.

O “caso das criptomoedas” segue na Justiça paulista desde 2022, quando Scarpa, Mayke e Willian Bigode ainda atuavam juntos no Palmeiras. Este episódio destaca a importância de cautela em investimentos financeiros, mesmo entre atletas de alto rendimento.

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