Não é a causa que ele queria, mas Vinicius se tornou um defensor da luta contra o racismo no futebol espanhol. Vini foi contundente com os atos lamentáveis que ocorreram duas vezes, no jogo entre Sevilla e Getafe, e no confronto entre Sestao e Rayo Majadahonda:
“Este fim de semana, nem mesmo jogarei. Mas tivemos três casos desprezíveis de racismo na Espanha apenas neste sábado”, escreveu em sua conta nas redes sociais.
O brasileiro se referiu aos insultos racistas dirigidos a Marcos Acuña e Quique Sánchez Flores, durante a partida do Sevilla contra o Getafe, e aos insultos ao goleiro senegalês do Rayo Majadahonda, Cheikh Sarr, em Sestao.
“Todo o meu apoio a Acuña e ao treinador Quique Flores, do Sevilla. A Sarr e ao Majadahonda: que sua coragem inspire os outros. Os racistas devem ser expostos e os jogos não podem continuar com eles nas arquibancadas”, afirmou Vini Jr.
O atacante do Real Madrid encerrou sua mensagem pedindo medidas severas contra os racistas: “Só teremos vitória quando os racistas saírem dos estádios diretamente para a prisão, lugar que merecem”, concluiu.
Partida suspensa na Espanha por atos racistas
A partida entre Sestao e Rayo Majadahonda foi suspensa. Aos 87 minutos, o goleiro Cheick Sarr, cansado dos insultos racistas, confrontou um torcedor, puxando-o e acertando-o no rosto. O árbitro mostrou o cartão vermelho e o clube, em solidariedade, abandonou o campo e não retornou.
Por sua vez, a torcida do Getafe chamou Marcos Acuña de “macaco” e disse que ele “vem do macaco”. O jogador argentino ficou muito abalado com o ocorrido. O mesmo aconteceu com o técnico do Sevilla, Quique Sánchez Flores, que foi chamado de “cigano”.
Após a derrota por 0 x 1, o técnico do Getafe, José Bordalás, condenou o que sua torcida fez:
“Nesta temporada, ouvimos e sofremos em muitos cenários. Sou totalmente contra qualquer insulto ou cântico racista, seja contra quem for, em qualquer estádio”, disse.
Vinicius o porta-voz da luta contra o racismo no futebol
Vinicius Jr. foi aplaudido pelo mundo do futebol. Novamente, o brasileiro se tornou porta-voz de um conflito que o afetou profundamente. Vale lembrar que Vinicius esteve no centro das atenções ao chorar durante a coletiva de imprensa após o jogo entre Espanha e Brasil. Entre lágrimas, o carioca expressou seu desejo de se dedicar apenas ao futebol e pediu o fim do racismo.
Essas declarações renderam críticas tanto de torcedores quanto de lendas do futebol, como o paraguaio José Luis Chilavert, que o chamou de “maricón” e afirmou que o futebol era “para homens”. Além disso, Chilavert alegou que Vinicius provocava os insultos, pois era o primeiro a desrespeitar os outros.
Em um programa de rádio, Vinicius expandiu sua posição e foi chamado de hipócrita. Ele argumentou que reclamava quando os incidentes o afetavam diretamente, mas não disse nada quando torcedores brasileiros quase mataram argentinos durante a Copa Libertadores.
Outro jogador que questionou Vinicius foi Dani Parejo, do Villarreal. Parejo recomendou que o brasileiro não desse atenção aos insultos e se concentrasse no futebol. Segundo Parejo, o jogador deve estar acima disso, e ele pessoalmente acredita que em certos comportamentos Vinicius está equivocado.
RACISMO NA ITÁLIA
Não é só no futebol espanhol que houve atos de racismo. Recentemente, houve uma polêmica no futebol italiano envolvendo Francesco Acerbi e Juan Jesus.
De acordo com a versão do brasileiro, Acerbi disse ao jogador do Napoli que ele deveria ir embora, pois era “apenas um negro”. Juan Jesus ficou indignado com as palavras e recorreu ao árbitro, que não conseguiu confirmar o ocorrido.
A Serie A decidiu não revisar as imagens e não puniu o jogador. Em retaliação, o clube se recusou a aderir à campanha antirracismo promovida pelo futebol italiano e denunciou a falta de ação do campeonato em uma postagem no Instagram.
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Mateus Taz sempre sonhou em ser jogador, mas descobriu no Jornalismo Desportivo seu grande dom. Tem 40 anos, pai de família e já correu na Maratona São Silvestre. Estudou produção cultural na Universidade Federal da Bahia e colabora em um projeto de Letramento para crianças carentes da periferia de Salvador. É fã do Bahia, mas gosta mesmo é de acompanhar os jogos das Ligas Internacionais. Erling Haaland, o Terminator, é seu ídolo.