Outro ato de racismo se somou a um sábado de futebol na Espanha. O jogo da Primeira Federação entre o Sestao River e o Rayo Majadahonda, realizado em 30 de março na cidade de Sestao, em Vizcaya, foi suspenso.
De acordo com os meios de comunicação espanhóis, tudo aconteceu aos 84 minutos do jogo. O Sestao havia marcado um gol que colocava o placar em 2 a 1 e, durante as comemorações, a torcida local começou a insultar o goleiro visitante, Cheikh Kane Sarr.
O goleiro ouviu as agressões por um momento, mas não conseguiu suportar e reagiu. Ele foi até a grade que separava o campo de jogo e confrontou um torcedor que o insultou. Chegou até a segurá-lo pela bufanda, até que seus companheiros tiveram que separá-los.
Devido a esse ato, o árbitro expulsou Cheikh Kane Sarr. No entanto, os companheiros decidiram não continuar jogando devido aos insultos que receberam, e o árbitro optou por suspender a partida.
O que os clubes disseram sobre o caso
Em um comunicado divulgado pelo clube, está escrito:
“Nossa equipe não voltará a campo para retomar a partida após receber insultos racistas inaceitáveis ao nosso jogador. Condenamos qualquer tipo de insulto racista no esporte.”
Por outro lado, o Sestao também publicou um comunicado condenando os atos racistas. Parte dele diz:
“O Sestao River Club reitera sua total condenação ao racismo e à violência, cumprindo sempre todos os protocolos da Lei do Esporte em todas as suas formas: não toleramos nenhum tipo de ataque racista. O racismo não tem lugar em nossa instituição, como demonstramos em nossos mais de cem anos de existência.”
Uma jornada de racismo no futebol espanhol
Na mesma jornada, mas na primeira divisão, ocorreu outro ato que não passou despercebido. Foi no jogo entre o Getafe e o Sevilla pela Liga EA Sports.
Aconteceu no minuto 68, quando torcedores do Getafe começaram a chamar o lateral esquerdo argentino Marcos Acuña de “macaco”. Além disso, o técnico do Sevilla, Quique Sánchez Flores, também foi chamado de “cigano” de forma desdenhosa.
O árbitro decidiu parar o jogo por alguns minutos, enquanto os alto-falantes do estádio chamavam a atenção dos torcedores. Depois, o jogo foi retomado e terminou com a vitória do Sevilla.
Além disso, o árbitro principal, Iglesias Villanueva, registrou tudo na súmula da partida. Devido a isso, é possível que o Getafe receba algum tipo de multa, que pode ser financeira ou que seus jogos sejam realizados com portões fechados.
Todos esses atos ocorrem no contexto de uma campanha de “tolerância zero ao racismo” realizada pela liga espanhola.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.