No dia 17 de fevereiro, na Califórnia (EUA), Henry Cejudo voltará ao octógono para enfrentar Merab Dvalishvili no UFC 298, em um confronto que pode definir o futuro da sua carreira. Segundo declarações recentes do ex-atleta olímpico de Wrestling, em caso de derrota, essa pode ser a sua última exibição como lutador profissional.
Dessa forma, o UFC 298 não apenas representa um retorno aos octógonos, mas uma encruzilhada determinante para o futuro do lutador americano de ascendência mexicana no universo das artes marciais mistas e esporte competitivo como um todo.
Histórico de aposentadoria precoce
Aos 35 anos, Cejudo, conhecido como “Triple C”, já se aposentou em 2020, após defender seu cinturão dos pesos-galo contra Dominick Cruz. Na época, o anúncio da sua aposentadoria pegou todo mundo de surpresa, afinal ele tinha apenas 31 anos. O lutador alegou cansaço com a rotina de treinos, que ele mantém desde novo, quando era atleta olímpico.
O seu retorno ao UFC se deu em 2023 numa disputa direta pelo cinturão contra o então campeão Aljamain Sterling. Após perder a luta, ficou um tempo na geladeira e, agora, aos 35 anos, vai medir forças contra o terceiro colocado no ranking dos pesos galos (61,2 kg), nessa que é, provavelmente, sua última escalada pelo cinturão e, quem sabe, sua última luta.
“All in”: Cejudo aposta tudo nessa luta
Em entrevista ao programa “The HJR Experiment”, Cejudo reconhece que, em caso de novo revés, a possibilidade de pendurar as luvas se torna real. Para ele, a luta contra Dvalishvili não é apenas um desafio esportivo, mas uma decisão crucial para o próximo desafiante ao cinturão dos pesos galos.
“Isso é pelo posto de desafiante nº 1. Eu acho que ter perdido para Aljamain, se eu descer a escada, eu provavelmente pararia de lutar novamente, porque o esporte é difícil, cara. Camps de treinamento, tendo duas crianças e coisas do tipo. É tudo ou nada“, declarou o “Triplo C”.
O duplo campeão do UFC e medalhista olímpico de wrestling destaca também a motivação financeira como fator determinante em seu retorno ao octógono.
Vitória credencia Cejudo como desafiante da divisão
Em contrapartida, uma vitória sobre Dvalishvili no UFC 298 abriria novas portas para Henry Cejudo. Ao derrotar o lutador georgiano, Cejudo almeja se posicionar como o desafiante número 1 ao cinturão dos pesos galos.
Vale dizer que Dvalishvili vem de uma sequência impressionante de nove vitórias na organização, logo, uma vitória sobre ele credenciaria o ex-duplo-campeão dos moscas e dos galos a uma disputa pelo título na categoria até 61 kg.
Caso vença, ele esperaria o desfecho do confronto entre Sean O’Malley, atual detentor do título, e Marlon “Chito” Vera, marcado para 9 de março, no UFC 299 em Miami (EUA). Dessa forma, uma possível recuperação do cinturão torna-se uma motivação adicional para Cejudo, impulsionando sua busca por redenção no octógono.
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É formado em Letras pela UEFS, tem doutorado em Literatura e Cultura pela UFBA e toca violão todos os dias. Desde sempre, conciliou os estudos literários com um consumo substancial de jornalismo esportivo sobre MMA e futebol até que, num belo dia, decidiu unir o útil ao agradável e fazer do seu hobby uma profissão.