A Liga dos Campeões não está passando pelo seu melhor momento econômico. No início da temporada, a UEFA conduziu um exercício no qual projetava que as receitas seriam próximas a cinco bilhões de euros por temporada para todos os times até a edição de 2026-27.
No entanto, a projeção diminuiu para 3.807 milhões por temporada, 1,2 bilhão a menos do que o esperado. Isso ocorreu porque as vendas dos direitos de transmissão não renderam tanto quanto o órgão presidido por Aleksander Ceferin esperava.
De acordo com seus estudos, a UEFA receberá mais dinheiro a partir do próximo ano com o início do novo formato devido a mais compromissos. No entanto, isso está longe da realidade.
O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, falou sobre essa situação na última Assembleia de Sócios da Casa Branca. Um defensor do projeto da Superliga deixou claro que com essa estratégia estão tentando enganar, dizendo que haverá mais dinheiro, mas na verdade será menos.
RECEITA ABAIXO DAS EXPECTATIVAS
Os direitos de transmissão dos 125 jogos da atual Liga dos Campeões eram vendidos na Espanha por 360 milhões. Para 2024, foram vendidos 189 jogos por 320 milhões de euros. 64 jogos a mais e 40 milhões de euros a menos, explicou o máximo dirigente merengue.
De acordo com esses números, o preço por jogo na Espanha antes era de 2,88 milhões e agora será de 1,69. Isso significa uma perda de 41,3% do valor. Mundialmente, passará de 24,28 para 20,14 milhões por jogo.
Isso foi uma das coisas que o empresário espanhol previu quando tentou estabelecer a competição que envolveria os melhores times da Europa. Do seu ponto de vista, é uma maneira de retomar o futebol vistoso com confrontos mais interessantes. Mesmo assim, não conseguiu convencer os demais presidentes.
Após essa situação, a UEFA decidiu mudar o formato da Liga dos Campeões em resposta. Dessa forma, não apenas ampliou a quantidade de jogos e equipes, mas também passou de ser uma fase de vários grupos para uma espécie de liga, na qual os primeiros conseguirão a vaga nas rodadas eliminatórias.
MODELO DE DISTRIBUIÇÃO DA RECEITA
O diretor de competições da UEFA, Giorgio Marchetti, realizou em maio uma entrevista coletiva na qual divulgou as mudanças no âmbito financeiro. A entidade estima um aumento nas receitas de 3,5 bilhões de euros para 4,4 bilhões. Uma diferença de 900 milhões, se incluirmos a Liga Europa e a Conference League.
No meio de suas declarações, ele afirmou que essas projeções são feitas do ponto de vista mais conservador e otimista possível. No entanto, ele apresentou uma cifra diferente.
“Estamos trabalhando com projeções conservadoras e otimistas de possíveis receitas televisivas, mas o intervalo que manejamos está entre 4.600 e 4.800 milhões”, explicou o dirigente.
Enquanto isso, mencionou que as receitas serão divididas em 93,5% para os clubes que se classificarem para a fase de grupos dos diferentes torneios e 6,5% para a UEFA. Além disso, essa porcentagem não mudará, independentemente de as estimativas serem cumpridas ou não.
MUDANÇA NO FORMATO
Por outro lado, o “market pool” diminuirá. Esse sistema destina uma quantia específica de dinheiro a cada uma das federações que participam da venda dos direitos televisivos da Liga dos Campeões.
Divide-se entre os clubes participantes e depende também do desempenho deles na competição. Portanto, se houver uma equipe que chegue mais longe, será a que terá uma porcentagem maior.
Nesse sentido, passará de 45% para 35%. A partir da próxima temporada, 10% das receitas totais serão distribuídos entre as equipes que não participam de competições europeias e aquelas que foram eliminadas nas rodadas preliminares para a fase inicial.
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.