Pela primeira vez no ano a Rede Globo irá transmitir jogos da Seleção Brasileira em sua grade, nos dias 17 e 20 de junho. A estratégia da emissora tem desagradado os telespectadores, mas permite que outras mídias despontem na cobertura esportiva.
Fonte: Internet/Reprodução
6 meses. Esse é o tempo que está levando para a Rede Globo exibir a primeira partida da Seleção Brasileira em sua grade no ano de 2023. A emissora
fechou um acordo com a CBF para transmitir
dois amistosos nos dias 17 e 20 de junho. Em março eles haviam aberto mão dos direitos da partida
Brasil x Marrocos, para não atrapalhar o horário de exibição das novelas.
Os amistosos serão contra
Guiné e Senegal e devem acontecer às
16:30h, horário considerado bom por não mexer demais na grade fixa, a qual se estende até a faixa do horário nobre. A Globo ainda está em negociações a respeito de como será a transmissão da próxima Copa do Mundo. O que se sabe até agora é que foi comprado o
pacote “marbarato”, perdendo assim os
direitos de exclusividade: agora outras emissoras poderão entrar na briga pela audiência.
Essa sequência de impasses tem desagradado à FIFA, obrigada a recorrer às demais concorrentes da Globo, para que os jogos do Brasil não ficassem
sem transmissão na TV Aberta. Um absurdo, não?
É sabido que as novelas, cuja fama é internacional, custam caro e trazem retornos
bastante lucrativos ao canal. Publicidade dentro e fora da programação, atores avaliados a peso de ouro, repercussão nas principais publicações do país… as novelas são, há anos o carro-chefe da emissora, mas a que custo?
O que se percebe é uma
legião de interessados em futebol batendo em retirada, voltando-se para outras plataformas e meios de comunicação, à medida em que perdem o interesse pela cobertura da Grandona. Além disso, decisões
tidas como burras, como a demissão em massa de profissionais carismáticos engrossam o caldo da antipatia.
Apesar de incomum e absurdo, essa pode ser uma estratégia deles. Focar na dramaturgia e deixar ‘o pau torar’ nos esportes, num momento
de crise financeira, o qual já é sabido por todos. Quem ganha com isso são os demais veículos, que aproveitam a oportunidade para se estabelecer. Canais como a TV Brasil e Band passaram a transmitir jogos muito mais competitivos, em termos de audiência. Na Internet,
Casemiro Miguel e sua CazeTV causam espanto, com seu número de seguidores na casa dos
8 milhões.
Além disso, serviços de streaming focados em cobertura esportiva passaram a contratar grandes nomes do jornalismo para brindar a narração das partidas.
Amazon Prime e Star + são bons exemplos disso.
Nem tudo está perdido! O Jornalismo esportivo da emissora ainda rola. Acompanhe as publicações no Twitter Oficial do Globo Esporte:
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.