Antes da consagração com o tetracampeonato em 1994, Branco sentiu a frustração de voltar para casa sem a tão desejada taça. Autor de um dos gols mais importantes daquela campanha no Mundial dos Estados Unidos – o da vitória por 3 a 2 sobre a Holanda, nas quartas de final –, há 28 anos, o atual diretor de seleções da CBF é o convidado deste domingo do programa ‘Que Copa É Essa?’, que o sportv exibe de forma inédita a partir das 22h, para contar sobre os Mundiais de 1990 e 1994. Além dessas edições ele participou também do torneio em 1986.
“Copa do Mundo é um negócio tão marcante que em 1982, na eliminação do Brasil, eu chorei pela derrota para a Itália. Eu era garoto, trabalhava pra ajudar meu pai como ajudante de pedreiro e assistia aos jogos depois que chegava do trabalho. Quatro anos depois, em 1986, eu era jogador da Seleção e estava atuando com os caras no México. Olha que interessante isso. O futebol é espetacular. Eu joguei três Copas, perdi só um jogo, e ganhei apenas uma delas, a de 1994”, ressalta Branco, referindo-se à derrota por 1 a 0 para a Argentina na Copa de 1990, na Itália, nas oitavas de final.
Além dos bastidores tumultuados da Copa de 1990, o camisa 6 do tetra esmiuçou com o comentarista Paulo Vinícius Coelho o esquema tático daquela seleção brasileira campeã nos Estados Unidos, derrotando a Itália nos pênaltis na decisão, após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. “Na final da Copa de 1994, eu me lembro que aos 35 minutos do segundo tempo os dois times começaram a segurar o jogo para a prorrogação. Porque se toma um gol ali acabou. Ninguém tinha mais muita perna para jogar. Fomos para a prorrogação, um calor danado, muito quente mesmo”, recorda o ex-jogador, que comentou também sobre o pênalti derradeiro, desperdiçado por Roberto Baggio, que deu o título ao Brasil. “O Baggio era um dos maiores craques do mundo naquele momento. Eu joguei contra ele na Itália, e só pênalti em baixo. Naquele dia da final, ele bateu em cima. Pra ver como é difícil e tenso chegar numa decisão de Copa do Mundo, numa disputa por pênaltis. Por isso a preparação mental de um jogador é muito importante também”.
Apresentado por André Rizek, Paulo César Vasconcellos e Paulo Vinícius Coelho, o ‘Que Copa É Essa?’ deste domingo começa logo depois do ‘Troca de Passes’.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.