Em entrevista para a TNTSports na última quarta-feira (18/05), o treinador Alex de Souza afirmou que o nível da Champions League, em sua opinião, é superior ao da Copa do Mundo. O técnico do São Paulo opinava sobre a final do campeonato, que será disputada no dia 28/05, entre Real Madrid e Liverpool.
Segundo o ex-jogador, tudo pode acontecer, pois ambos os times apresentam um nível superior, embora a maioria das apostas estejam voltadas para o Real Madrid, na visão do técnico. No entanto, para ele, é impossível determinar um vencedor, especialmente entre as duas equipes.
Além disso, para Alex, o nível da Champions League é superior ao da Copa do Mundo não apenas pela qualidade de jogo, mas também de modo geral, principalmente pela forma mental dos jogadores, e a sua dedicação.
Para o técnico, as disputas são de altíssimo nível, pois as equipes se dedicam e jogam com máximo potencial toda semana.
Isso não acontece nas seleções de alguns países, por exemplo, que não apresentam as mesmas condições, de modo que o nível se eleva entre os dois campeonatos.
Para o técnico, ao contrário do que se observa na Copa do Mundo, ambos os times são equilibrados, tornando difícil determinar um campeão, nesse primeiro momento.
Nível da Champions League não se restringe somente à qualidade do jogo
Como reforçou o técnico em entrevista, o nível da Champions League não se restringe somente à qualidade do jogo, mas também à força mental dos jogadores e sua dedicação nas partidas.
Esses pontos são resultados de uma cultura distinta, desenvolvida especialmente para despertar esse sentimento de pertencimento e impulsionar o desempenho dos jogadores dentro da competição.
“O uso cuidadoso dos elementos de marca especialmente desenvolvidos, o nome, o logo, as cores da casa, a música, os materiais de decoração do estádio e os gráficos de televisão resultaram em uma alta notoriedade da marca e uma imagem de marca claramente definida que representa a qualidade, prestígio e herança do melhor futebol europeu”, conta Richard Worth, executivo da agência TEAM, contratada pela Uefa para fazer a criação da nova marca da competição, e citado na pesquisa “The New Symbols of European Football”, de Anthony King, da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
Os dados foram reunidos pela equipe da Betway Insider, site de palpites em futebol, em sua matéria especial sobre a Champions League, trazendo, justamente, como a nova marca foi criada para promover um novo nível do campeonato.
Na época, a Europa desejava criar um sentimento de união e dedicação nos jogadores, algo que foi possível com a reformulação da competição. “Para atingir o objetivo final de uma Europa unida e coesa, será necessário forjar uma identidade europeia. Como parte integral da nossa herança, o esporte sempre uniu as pessoas, transcendendo as diferenças linguísticas e os estereótipos nacionais. O esporte europeu sempre em mudança, com a sua capacidade de quebrar barreiras, é um fator primordial para a integração”, diz o comunicado da Comissão de Comunidades Europeias, de 1992, apresentado pela Betway em sua matéria.
Isso impactou não somente a qualidade das partidas, mas, principalmente, a forma como os jogadores passariam a se empenhar.
Elementos da Champions League criam sensação de pertencimento
Para atingir esse sentimento de união e dedicação que eleva o nível da Champions League, foram utilizados diversos símbolos, como as cores, o emblema e o hino, um dos componentes mais marcantes do campeonato.
“Nesse caso, quando a gente traz a música da Champions League para esses atletas, deve ter uma sensação de pertencimento muito grande. ‘Eu jogo a competição de clubes mais importante’, que é a competição europeia de clubes. Então, com certeza para eles, ouvir essa música ali na hora do campo ou mesmo antes do jogo gera aquela sensação de desempenhar, de estar envolvido, aquela sensação de fazer o melhor e entregar o melhor para o clube ou para o torcedor ou para a cidade, já que os clubes têm uma relação com a cidade onde são sediados”, explica o pesquisador Marcelo da Silva Marques, doutorando da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista para a casa de aposta Betway.
Por conta desses elementos, foi possível desenvolver uma cultura diferenciada, que reflete nas partidas entre os clubes europeus. E esse mesmo nível da Champions League se mantém em jogos de diferentes momentos, sejam amistosos ou na final da competição.
Assim, será possível observar sua presença na última disputa da temporada, reforçando o comprometimento dos jogadores e a sua dedicação para com a liga, por meio do hino, das cores e dos times.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.