Nos últimos dias de agosto, o presidente (ex) da CBF, envolvido em grave denúncia de assédio, produziu um vídeo reunindo pontos positivos de sua gestão. O material continha imagens da técnica Pia Sundhage, e da jogadora Formiga endossando os investimentos no futebol feminino feitos durante o período em que Caboclo esteve na presidência. Como resposta, Formiga, afirmou: “modificaram a minha fala também. Falei que ele fez coisas boas para o futebol feminino. Coisas que a gente nunca teve e sempre brigamos por isso. Mas isso foi fora do que ele está sendo acusado. Vamos tomar nossa providência. Mancha minha imagem. Eu não sou a favor disso.”
O futebol feminino tem crescido no Brasil. Fato, porém, não foi feito nada além da obrigação das federações, e obrigação tardia. Não dá para fazer e acreditar que é um grande feito. Estamos atrasados quando comparados às grandes ligas e nosso calendário é bem problemático. O Brasileiro A1 concentrado na fase inicial e a fase final interrompida pelos compromissos (necessários da seleção). Mas na Série A2, os eliminados da primeira fase, fizeram apenas 5 jogos. Os estaduais começaram agora, final de setembro e durarão de dois a três meses nos grandes centros. Crescemos, mas é pouco, precisamos de mais e não celebrar as conquistas.
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@professoralbio
A coluna é crítica dos estaduais masculinos, da forma como acontecem, mas no feminino, há uma razão de existência. Além de garantir um calendário mínimo, oportuniza um movimento intenso. Por exemplo, o Carioca contará com 12 clubes; o Gaúcho, previsto para 2, tem 8, o Paulista, 12, o Mineiro 6. Há muita gente pensando em fazer. Para tal é preciso investimento e janela de amostragem. A razão da existência dos estaduais é a razão do futebol feminino existir. Há uma dependência da competição e dos clubes. Um passo para uma evolução futura.
Agora, para pensar a exposição, por ora, já temos o Paulista via Paulistão Play (YouTube; Eleven Sports e Twitch), com fase final no Sportv; o Gaúcho no YouTube via FGFTV e há conversa de final da RBS, como foi em 2020, mas nada confirmado. O Mineiro começará, junto com o Carioca no próximo final de semana e nada foi publicado, temporada passada teve a final mostrada na Rede Minas e TV Cultura (SP). Manter as competições no streaming é uma possibilidade. YouTube é sempre uma janela interessante, mas é pouco. Além de mostrar, insisto na tecla, é preciso falar dele.
O Star+ tem o italiano e o inglês no catálogo, mas está no streaming e tem um jogo do inglês na tela, mas não se falam deles na programação. Mostrar e falar. Mostrar e falar. Mostrar e falar é o caminho da popularidade. Por si só, apenas com os jogos ao vivo, não é suficiente para tornar a modalidade maior e no gosto do público. Que a volta dos estádios possa ser um motivo de aproximar ainda mais o público das gurias e a televisão, o rádio, a mídia escrita mostre e fale cada vez mais.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.
Sempre foi assim com os outros esportes,não tem o falar.Não tem programas diários debatendo os outros esportes nos canais esportivos,só tem debates sobre o futebol masculino e pronto.Assisti esse jogo da foto ontem,do meu Grêmio,mas só 7 mil visualizações até agora.Assim é com outros clubes também,poucos assistem o futebol feminino e muitos jogos são mostrados de mão beijada.