O Brasil é um celeiro de atletas que fizeram história no UFC. A lista é grande, passando por figuras lendárias, como Royce Gracie, Rodrigo Minotauro, Murilo Bustamante, até ídolos mais recentes, que fizeram o nome na empresa a partir de meados dos anos 2000, como Anderson Silva, José Aldo, Junior Cigano e Demian Maia. Entre as mulheres, destaque para a leoa Amanda Nunes e também Cris Cyborg.
A cada ano, novos lutadores surgem para ocupar posição de destaque. A renovação é impressionante, e o Brasil tem sempre alguém que empolga Dana White, chefão da organização. A bola da vez é Virna Jandiroba, que tem chamado a atenção da imprensa mundial e é apontada como uma das promessas brasileiras dentro da organização, segundo especialistas ouvidos pelo JornalEsportes.com.
Virna incorpora o estilo de muitos brasileiros, que conseguem se especializar em diferentes artes marciais e combinar a potência de diversos estilos. Ela é campeã mundial de Jiu-Jitsu, campeã Pan-americano de Jiu-Jitsu e Mercosul de Jiu-Jitsu, ostentando a faixa-preta. Além disso, Virna tem as faixas verde, branca e prajied em Muay Thai. Isso faz com que ela tenha desenvoltura no chão e no solo.
A promessa do UFC nasceu em Serrinha, na Bahia, no final da década de 1980. Atualmente, com 1,60 e 52 kg, a brasileira é sinônimo de sucesso dentro do UFC. Antes de chegar ao MM, Virna aprendeu Kung Fu enquanto criança o que, segundo a mesma, ajudou com problemas de ansiedade. Em 2005, integrou o quadro de participantes em eventos de Jiu-Jitsu ao redor do país e também no mundo.
Antes de ser lutadora, ela trabalhou em escolas públicas como professora de educação física, algo muito comum para quem tem envolvimento com algum esporte. Ela também trabalhou em outras áreas não relacionadas ao mundo das lutas, como recepcionista e operadora de telefone.
Depois de passar por eventos menores e ganhar experiência no MMA, Virna estreou no UFC em abril de 2019, quando foi derrotada por decisão unânime para Carla Esperanza. Três meses depois, em julho, a brasileiro voltou a lutar pela organização, desta vez com uma vitória arrasadora sobre Mallory Martin, com uma finalização na metade do segundo round do combate.
No início de junho, Virna voltou a vencer pelo UFC, em evento promovido em Las Vegas, e que teve como luta principal a disputa entre Zumbi Coreano e Ige. A “Carcará”, como é conhecida no MMA, teve sua atuação mais completa segundo comentaristas na vitória diante de Kanako Murato.
Durante o combate, a brasileira encaixou uma chave de braço no primeiro assalto que lesionou a rival. A japonesa ainda lutou o segundo round, mas não conseguiu voltar para os cinco minutos finais. Para além da finalização, a postura de Virna durante o combate chamou a atenção de todos.
Ela surpreendeu no início da luta com golpes afiados em pé, conectando boa sequência na trocação. Murata tentou uma queda, mas não obteve sucesso. Ainda assim, conseguiu pegar as costas da brasileira, que revidou com uma chave de braço. A finalização não aconteceu, mas o golpe bem encaixado fez com a japonesa não suportasse o terceiro round.
Após a vitória, em entrevista ao site Ag. Fight, Virna já revelou quem deseja enfrentar em breve: Nina Ansaroff, esposa de Amanda Nunes. A curiosidade é que, ao contrário de muitos desafios feitos pelos demais lutadores, o proposto pela brasileira foi respeitoso.
“Me perguntaram a respeito de um nome que eu gostaria de enfrentar. Não gosto muito de desafiar as meninas. Acho que a Nina seria um ótimo nome para lutar agora, é uma menina que está acima. Eu adoraria fazer uma luta com ela. É alguém que eu respeito e admiro bastante. Vamos nessa Nina, vamos lutar”, desafiou a atleta
Virna integra o top-15 da categoria peso-palha (52kg) do UFC. Ela ostenta 13 vitórias conquistadas por finalização, 3 por decisões e uma por nocaute técnico.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.