O narrador Nilson Cesar emocionou a bancada do programa ‘Esporte em Discussão’, da Jovem Pan, na última quarta-feira (24). Ao ser perguntado qual foi a partida mais importante que transmitiu, o narrador relembrou como superou o quadro de psicose maníaco-depressiva, que o tirou do ar por cerca de sete meses, em 2000. O locutor detalhou o sofrimento no período mais difícil de sua vida, agradecendo à Jovem Pan e ao treinador Vanderlei Luxemburgo, comandante da seleção brasileira na época, que ajudaram a reerguê-lo.
“A narração que mais me importou na vida foi Chile 3 x 0 Brasil, em Santiago, em 2000, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Isso porque naquele ano eu tive psicose maníaco-depressiva. Eu fiquei sete meses fora do ar e cheguei até a latir. Aí o CEO Tuta pagou todo o tratamento. Tive depressão, pânico, insônia, fobia do nada… Não tinha nada, cobri um GP de Fórmula em Interlagos e, depois, comecei a desandar a chorar. Depois disso, fiquei sete meses fora do ar. E a Rádio Jovem Pan pagou tudo, jamais tirou um centavo do meu salário e arcou com o tratamento na íntegra. É por isso que eu tenho uma gratidão eterna. Não saio daqui por nada!”, lembrou Nilson Cesar.
“Eu me recuperei fazendo um tratamento em São Paulo com um neurocientista espiritual. Quando eu voltei, assumi a condição de titular na Jovem Pan e o CEO Tuta quadruplicou o meu salário. Isso tudo em 2000. E aí, no primeiro jogo que eu fui transmitir, foi Chile x Brasil, a rádio mandou, propositalmente, o Wanderley Nogueira primeiro, para que eu fosse sozinho. Consegui chegar no hotel, e aí é que eu agradeço o Vanderlei Luxemburgo. Ele foi ao meu quarto antes daquele jogo para dar uma palestra, mostrando que eu era capaz de narrar futebol. Hoje, eu é que dou palestra para pessoas com pânico, depressão e outras doenças. Então, eu tive um respaldo da Jovem Pan que poucas empresas dão. Nesta época, eu tentei suicídio, pulei de uma ponte e, graças a Deus, eu caí na água. Por isso, Chile x Brasil foi o jogo mais marcante… E eu narrei muito bem aquela partida!”, completou,
Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.
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