Entre as muitas coisas que me irritam, na televisão esportiva, é o comentarista animador de plateia. É aquele tipo, que diante do jogo ruim, tenta minimizar o fracasso esportivo. Noutro lado há aqueles que são honestos, como por exemplo, Paulo Calçade, um dos melhores comentaristas da ESPN Brasil. Durante o jogo entre Sheffield United vs. West Bromwich, no primeiro tempo, por várias vezes, o comentarista denunciou a tortura em assistir aquele jogo: “que jogo ruim!”. Não escondeu a indignação com o baixo nível técnico. No segundo tempo, reconheceu a súbita melhora. Tomo ele como exemplo pela forma honesta como se direciona ao público. Sem o puxasaquismo de outros, sem a encimadomurismo de alguns engomadinhos, houve e há um bom trabalho. No mínimo é o que se espera de bons profissionais: honestidade.
Albio Melchioretto [email protected] @professoralbio |
O MIMIMI DAS REDES ANTISSOCIAIS
Uso o termo do comentarista Rômulo Mendonça, as redes “antissociais” para falar das mídias sociais virtuais. Que chatice encontramos nela. No jogo da eliminação do Palmeiras frente ao Tigres, Paulo Vinícius Coelho, o PVC, fez uma piada, necessária, engraçada e bem colocada diante do verdinho. Enquanto os arrogantes planejavam a final contra o Bayern, PVC chamou atenção para o momento medíocre do futebol brasileiro. Ao mesmo tempo a internet, com seus juízes de moral elevada, já partiram para “cancelar” o jornalista. Precisamos por pontos em alguns lugares. Uma coisa é opinião, outra informação e outra ainda o conhecimento. Não é possível equiparar as três categorias. Por acaso, o jornalista, no exercício da profissão, agora só pode falar o que a opinião comum aceita? Óbvio que não! O comportamento das mídias beira o antissocial. E convenhamos, o que falar de um time que não tem mundial, e nem final? Exaltar a derrota? Por isso há uma separação clara entre opinião, informação e conhecimento…
TRETA
É difícil consumir uma reportagem com qualidade na mídia massiva brasileira na internet. Via de regra, poucas linhas e quase nenhuma informação. Difícil gerar conhecimento. A mídia esportiva europeia, insistem em longas linhas. The Guardian, por exemplo, é um deleite para entender melhor o campo de jogo. Na segunda-feira e terça-feira, últimas, o Sport de Barcelona, e a France Football se digladiaram por conta do suposto interesse do PSG em Messi. Jogo de palavras, capas, fotos e muita “treta” entre os dois noticiosos. Saíram do campo do Mimimi e partiram para uma forma diferente de “fazer” notícia. Sinto falta dos posicionamentos mais fortes, com conteúdo, muito diferente da superficialidade que aqui encontramos. Parece que o jogoabertismo tomou conta das redações: muita conversa, brincadeiras idiotas e pouca inteligência nas proposições.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.