QUE MUNDO É ESSE? O DA SONOLÊNCIA OPERANTE
A coluna não falará do programa da Globo News, “Que mundo é esse?”, mas usa da ideia título dele para questionar algumas aberrações que somente a televisão brasileira é capaz de proporcionar. A vida, da CNN Brasil, daqui uma semana, faz algumas loucuras. A concorrência que dorme, começa a se mexer. Globo News com alterações de maior programação ao vivo, menos programas de entrevistas. Record aproximando-se da Fox News e Band News com nova grade prometida, assim como a nova Record “ponto” News. O jornalismo adormecido nas mesmices, pareceu acordar. Mas ele não acordou por se importar, com nós, espectadores, sequer com as receitas publicitárias. Algo novo promete romper a ordem.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
A mesma lógica acontece com a televisão esportiva. Nesta semana, o principal narrador do finado Esporte Interativo, André Henning, fez críticas ao modelo de televisão paga esportiva. Num dado momento, ele comenta que o Brasil não suportaria por muito tempo 11 canais esportivos pagos. A independer do número, vivemos um momento de falta de iniciativa. Grupo Globo contratando bons profissionais dos concorrentes, mas eles não representam algo novo no canal, como programas ou novidades de modalidades ou competições. A ESPN e a Fox esperando a fusão ou não, Bandsports deixando a desejar. E por aí caminhamos, não há algo que encha os olhos, sem grandes novidades. Muito, poder-se-ia pensar que, a ausência de uma CNN Brasil na área esportiva, faz o que há, viver uma sonolência operante.
E a sonolência está também na TV aberta. Estamos nas vésperas de Tóquio-20, e o esporte olímpico é raridade. Record, que se vangloriou em ser um canal olímpico, abriu mão do projeto e vive entre interferências ridículas da igreja que a controla do seus interesses políticos. Band e Cultura respiram um NBB e Superliga, mas é pouco. Os demais, nada de novo debaixo do sol. Não há um projeto olímpico se as federações não investem para estar nas vitrines midiáticas. E pelo visto, a sonolência operante virou máxima na televisão, que vê apenas o jornalismo mexer-se.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.