Em seu programa que foi ao ar no último domingo (9), o apresentador Fausto Silva, da Globo, classificou a postura da diretoria Flamengo como “indecente” no imbróglio entre o clube e as famílias dos meninos mortos em 2019 durante o incêndio do Ninho do Urubu. “É inadmissível, indecente o comportamento dos diretores do Flamengo no caso do Flamengo. O problema não é dinheiro”, afirmou.
No dia seguinte, por meio de nota oficial, o Flamengo rebateu as críticas do apresentador afirmando que o mesmo acusou “de forma leviana e inconsequente as diretorias, tanto passada e atual”. A nota também levanta uma questão sobre uma possível retaliação pela “guerra” entre o clube e a Globo por conta do desacordo entre os direitos televisivos.
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Confira a nota na íntegra:
Na noite do último domingo (9/02), durante o programa Domingão do Faustão, da Rede Globo de Televisão, o apresentador Fausto Silva acusou, de forma leviana e inconsequente, as diretorias (passada e atual) do Clube de Regatas do Flamengo de agirem de forma desrespeitosa nas negociações com as famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu.
Mostrando seu total desconhecimento sobre o caso, o apresentador da Rede Globo, sob a desculpa de apoiar uma possível manifestação de torcedores – hoje cancelada – destilou uma série de acusações infundadas que, além de atacar a honra dos dirigentes, acabaram também por atingir a imagem da instituição Flamengo.
O apresentador Fausto Silva desconhece, ou preferiu omitir, todo o trabalho que o Flamengo tem feito para minimizar os efeitos desta que foi a maior tragédia do Clube em seus 124 anos de existência:
– Não falou que 19 famílias e meia, das 26 atingidas pela tragédia, já entraram em acordo no que diz respeito às indenizações.
– Que o Flamengo, desde o primeiro momento da tragédia, trouxe familiares de todas as vítimas para o Rio de Janeiro e os hospedou em um hotel para que pudessem acompanhar de perto as apurações das autoridades competentes. O mesmo aconteceu com as famílias residentes no Rio de Janeiro.
– Que, por iniciativa própria, o Clube pagava, desde fevereiro de 2019, uma ajuda de custo mensal no valor de R$ 5 mil, ou seja, seis vezes maior do que a média que os atletas recebiam. Desde o fim do ano passado o valor pago pelo clube passou para R$ 10 mil.
– Que, desde o primeiro momento, o Flamengo disponibiliza assistência médica, pedagógica, psicológica e social para as vítimas e seus familiares.
– Que o Flamengo ofereceu a todas as famílias um valor muitas vezes superior ao que a Justiça brasileira costuma determinar em casos como este.
– Que o Clube mantém sim contato com as famílias, inclusive por meio dos advogados constituídos por elas próprias para representá-las.
Todos estes pontos poderiam ser facilmente levantados pela equipe de produção da Rede Globo de Televisão antes das acusações. Como isto não foi feito, infelizmente nos leva a crer que tamanha agressividade tem como pano de fundo interesses comerciais não atendidos e que se sobrepõem ao trabalho de informar corretamente aos telespectadores.
Isto, ao nosso ver, constitui abuso de direito e tentativa de indução negativa da opinião pública, algo inadmissível do ponto de vista moral e ético.
Por fim, o Flamengo reitera que sempre esteve – e continua – à inteira disposição das famílias para o diálogo e assim seguirá até que todas sejam indenizadas de forma justa.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.