Colunista cobra maior divulgação das ações sociais dos clubes brasileiros por parte da imprensa.
Ações que encantam
Todos viram ou ouviram o discurso contundente do Roger, treinador do Bahia, sobre racismo e sobre pertencimento. Reitero que aquela ação foi pouco falada e discutida. Entretanto um outro ponto interessante tem passado batido pela imprensa:
As ações sociais promovidas pelos clubes brasileiros.
Seja por meio de seus perfis oficiais ou na entrada em campo, vira e mexe há algum clube brasileiro promovendo a visibilidade de um movimento e sei lá por que, a imprensa tem ignorado.
Os jogadores de certo time carioca entraram de mãos dadas com mulheres que lutaram contra o câncer, no mês de engajamento por essa luta e mais um pouco, ninguém perceberia isso. Da mesma forma uma dezena de ações tem acontecido em campo e nos clubes sem que a imprensa repercuta. É obrigação dela? Não, não é. Deveria fazer? Sim, deveria.
É ótimo viver de polêmicas mas é possível equilibrar o noticiário e ajudar em outras causas. Não adianta falar que o Sadio Mané ajudou um menino a carregar água e repercutir isso em todos os programas, se você está ignorando aquilo que acontece no seu próprio quintal.
Clubismo Jornalístico
Jornalista torce por algum time. Todos eles, sem exceção. E não há nenhum problema nisso, se souber separar e respeitar o clube alheio. O grande ponto de discussão é: Como medir este respeito? Como entender, num mundo que está sempre pronto para a briga, se há análise ou apenas clubismo disfarçado de opinião? Não há.
Muito por conta disso, cada vez mais os jornalistas escancaram seus times e falam apenas para torcedores
específicos, agindo como assessoria de imprensa e porta-voz do clube, protagonizando momentos ridículos como a discussão entre Mauro Cezar e Gian Oddi na ESPN.
Cabe a todas as emissoras perceber se querem audiência pelo confronto, pela discussão vazia e pelo torcedor declarado. Se esse é o objetivo, melhor ressuscitar o Rock Bola ou dar mais espaço ao Pop Bola. Pelo menos são mais engraçados.
Abraços e até a próxima.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.