Coluna do Professor #257, por Albio Melchioretto

Colunista traça paralelo entre a antiga Rádio ESPN e o novo expediente de transmissão do canal da Disney que se assemelha a de uma emissora radiofônica.


RADIO ESPN VOLTA, ATÉ QUANDO?

No ano de 2015, após oito anos, após parceiras com Rádio Estadão e Rádio Capital, o projeto ESPN Rádio foi encerrado. Não foi a primeira, e infelizmente não será a última rádio com projeto esportivo que chegou/chegará ao fim. Triste. Nossos vizinhos da Argentina contam com a ESPN 107,9 FM, de Buenos Aires, que transmite muita coisa, entre eles MLS.

Mas, você sabe o que é um rádio? E uma televisão? Se alguém me perguntasse tal coisa até a virada do século eu direi com muita tranquilidade a definição de cada qual. A expansão comercial da internet e a virtualização dos meios redesenharam alguns conceitos. Sinal de televisão, tem áudio de rádio. Pela internet ouço emissoras do mundo inteiro e vejo vários canais de televisão. TV por assinatura tem coisas além de TV. Digo isto no âmbito legalizado. Streaming, por mais que eu resista é uma realidade consolidada.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio

Dito isto, vejamos o expediente adotado pela ESPN Brasil em dois jogos na última semana, e em outras ocasiões. A transmissão modo rádio na televisão, em Athletico versus São Paulo e Corinthians diante do Fluminense. Câmeras mostrando a torcida, tela cheia de informação e algumas vezes focalizando a dupla da transmissão. GC de programa. Guia da televisão mostrando um programa e não um jogo. Narração em ritmo de rádio e assim foram dois jogos.

A questão é, “pode isso Arnaldo”? Se há um direito de imagem sobre o jogo, até onde esses direitos se estendem? As linhas do campo? A arquibancada? Ao espetáculo em si? O que os canais ESPN estão fazendo? É mostrar um jogo ou narrar como se estivessem no rádio? Mas é TV, ou é Radio na TV ou TV com Rádio? As imagens de fora do campo são de direito de quem pagou para mostrar? As questões não são contra a iniciativa (interessante e bizarra ao mesmo tempo) da ESPN Brasil. O canal usou e ousou, mas as fragilidades que temos no que tangem os direitos sobre transmissão esportiva. Tão bizarro como ver um serviço de Stremiang ter direitos sobre a TV Paga…




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